A epicondilite medial, conhecida popularmente como Cotovelo de Golfista, é uma condição que atinge a região interna do cotovelo e costuma acometer principalmente praticantes de esportes ou profissionais que executam movimentos repetitivos com o braço. A lesão afeta os tendões responsáveis pela flexão do punho e dos dedos, podendo causar desconforto e limitar atividades cotidianas.

A prevalência da epicondilite medial não se limita aos jogadores de golfe, apesar do nome popular. Profissionais como tenistas, trabalhadores da construção civil, digitadores e até músicos estão igualmente sujeitos ao quadro. Estima-se que cerca de 1% da população apresente sintomas ao longo da vida, sendo a fisioterapia um componente fundamental no tratamento e na recuperação das funções motoras.

O que causa o Cotovelo de Golfista?

Dor no Cotovelo – Créditos: depositphotos.com / sherbak.volodymir.gmail.com

A principal causa do Cotovelo de Golfista é a sobrecarga nas estruturas do cotovelo, especialmente nos músculos flexores do antebraço. Movimentos repetitivos que exigem flexão ou torção do punho, como arremessar, girar ferramentas ou até carregar pesos de forma inadequada, contribuem para o surgimento da epicondilite medial.

Fatores como má postura, técnica esportiva inadequada, falta de aquecimento antes das atividades e uso excessivo dos músculos do antebraço ampliam o risco de inflamação nos tendões. Atletas de alto rendimento, como Tiger Woods, já enfrentaram essa condição ao longo da carreira, mostrando como a exigência física é decisiva para o desenvolvimento da lesão.

Principais sintomas da epicondilite medial

A identificação precoce dos sintomas facilita a reabilitação. Entre os sinais mais comuns, destacam-se:

  • Dor ou queimação na face interna do cotovelo;
  • Fraqueza ao segurar objetos ou realizar movimentos de preensão;
  • Sensibilidade ao pressionar a região medial do cotovelo;
  • Irradiação da dor para o antebraço, em atividades específicas;
  • Edema leve em casos mais agudos.

A intensidade e frequência dos sintomas costumam aumentar com a continuidade das atividades que causaram a lesão. Por isso, recomenda-se buscar avaliação médica ao identificar desconforto persistente.

Como prevenir e tratar a epicondilite medial?

A prevenção do Cotovelo de Golfista envolve estratégias que incluem o fortalecimento dos músculos do antebraço, ajustes ergonômicos no ambiente de trabalho e correção da técnica esportiva. A fisioterapia tem papel crucial tanto na prevenção quanto na reabilitação, com exercícios específicos e técnicas para controle da dor e recuperação da amplitude de movimentos.

  1. Repouso e ajuste de atividades: evitar movimentos repetitivos e permitir tempo para a recuperação do tendão;
  2. Aplicação de gelo: para reduzir inflamação e aliviar dor na fase aguda;
  3. Exercícios terapêuticos: fortalecer musculaturas envolvidas e melhorar a flexibilidade;
  4. Alongamento: praticar alongamentos diários dos músculos flexores;
  5. Uso de órteses: em alguns casos, faixas e munhequeiras auxiliam na proteção durante o movimento.

Em situações mais severas, métodos adicionais, como a terapia por ondas de choque, podem ser recomendados. Intervenções cirúrgicas são raras e reservadas para casos crônicos refratários ao tratamento conservador.

Exercícios de fisioterapia para Cotovelo de Golfista funcionam?

A reabilitação fisioterapêutica é reconhecida como uma das abordagens mais eficazes para a epicondilite medial. Ela não só acelera o retorno às atividades comuns, como também previne recidivas. Os exercícios incluem fortalecimento excêntrico, mobilização de tecidos e treinos funcionais direcionados ao paciente. Técnicas como terapia manual e eletroterapia também podem ser aplicadas, sempre individualizadas conforme a avaliação clínica.

Vale ressaltar a importância do acompanhamento por profissionais habilitados, já que a execução incorreta dos exercícios pode agravar a lesão. Em atletas ou pessoas altamente ativas, um retorno gradual e programado às atividades esportivas é considerado essencial para evitar novas ocorrências do Cotovelo de Golfista.

Como promover a recuperação e evitar recaídas?

Após o término do tratamento, a adoção de hábitos saudáveis e a melhora na consciência corporal são indispensáveis para proteger o cotovelo de novas sobrecargas. Orientações sobre ergonomia, intervalos durante o trabalho e manutenção do condicionamento físico ajudam a reduzir o risco de retorno dos sintomas. O acompanhamento periódicos com profissionais da saúde tende a garantir uma recuperação prolongada e de qualidade para quem enfrentou a epicondilite medial.

Este artigo foi revisado por: Dra Celia Sandrini

Dra Celia Sandrini

CREFITO 14.700F

Phd em Prevenção de Lesões

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