A Artrose de Coluna Cervical é frequentemente identificada em pessoas com mais de 60 anos, pois o processo degenerativo dos discos e das articulações do pescoço tende a se intensificar com o passar do tempo. Esse tipo de artrose, também chamada de cervicalgia degenerativa, não é raro em idosos e pode causar limitações importantes nas atividades diárias, sendo um desafio para a manutenção da qualidade de vida na terceira idade.

Entre os sintomas mais comuns da artrose cervical estão a dor na região do pescoço, rigidez ao tentar mexer a cabeça e sensação de peso na musculatura. Muitas vezes, esse quadro é interpretado apenas como “questões da idade”, levando a um atraso no diagnóstico ou ao uso inadequado de remédios. É fundamental observar a origem do desconforto para que as estratégias terapêuticas possam proporcionar alívio e prevenir futuros agravamentos.

O que caracteriza a Artrose de Coluna Cervical?

A Artrose de Coluna Cervical se manifesta quando as articulações da parte superior da coluna, entre as vértebras cervicais, perdem parte da cartilagem natural que facilita o movimento. A cartilagem danificada provoca o atrito direto entre os ossos, desencadeando dor e dificultando a mobilidade. Os principais fatores relacionados ao surgimento do problema incluem envelhecimento, má postura prolongada e lesões anteriores.

Com o avanço da artrose, o paciente pode sentir uma série de sintomas, desde perda de flexibilidade até formigamentos nos membros superiores, caso haja compressão dos nervos. Em idosos, a combinação dos sintomas tende a impactar tarefas rotineiras como olhar para os lados, apoiar a cabeça ou até mesmo deitar-se.

Quais são os sinais de alerta e opções de tratamento?

Cervical – Créditos: depositphotos.com / IgorVetushko

Os sinais mais perceptíveis da artrose cervical costumam ser dor persistente no pescoço, rigidez matinal e estalos ao movimentar a cabeça. O incômodo pode se intensificar após períodos de repouso ou em situações de esforço físico. Em algumas situações, pode haver sensação de fraqueza nos braços, indicando possível envolvimento neurológico, o que pede avaliação médica detalhada.

O tratamento para Artrose de Coluna Cervical geralmente envolve uma combinação de abordagens, com o objetivo principal de controlar a dor e preservar a amplitude dos movimentos. As estratégias mais comuns incluem:

  • Fisioterapia regular, com foco em exercícios de fortalecimento muscular e alongamento;
  • Uso pontual de medicamentos analgésicos e anti-inflamatórios;
  • Adaptação de atividades para evitar sobrecarga da região cervical;
  • Técnicas de calor local e recursos manuais fisioterapêuticos.

Como a fisioterapia pode ajudar na artrose cervical?

A fisioterapia tem papel essencial no manejo da artrose cervical, especialmente para idosos com desgaste acentuado das articulações. O objetivo é devolver mobilidade ao pescoço, reduzir a dor e ensinar o paciente a proteger sua coluna nas atividades do dia a dia. O trabalho fisioterapêutico é individualizado, adaptando-se ao grau de limitação e histórico de cada pessoa.

  1. Exercícios de movimentação controlada da cabeça, visando aumentar a flexibilidade;
  2. Técnicas de fortalecimento dos músculos cervicais e das escápulas, evitando sobrecargas;
  3. Orientações posturais detalhadas, recomendando mudanças no posicionamento ao sentar, dormir e carregar objetos;
  4. Recursos como massagem terapêutica e mobilização articular para redução da rigidez.

Ao aderir a essas práticas, muitos idosos percebem melhora significativa na dor e na qualidade do sono, além de maior segurança ao realizar pequenos movimentos. O acompanhamento profissional periódico permite ajustar os exercícios conforme a evolução do quadro.

Quais cuidados diários podem prevenir o agravamento da artrose cervical?

Manter hábitos saudáveis no dia a dia contribui para o controle dos sintomas e a prevenção de lesões adicionais. O envelhecimento é inevitável, mas pequenas mudanças podem reduzir o impacto da artrose cervical. Recomenda-se atenção especial aos seguintes pontos:

  • Evitar posições inclinadas por muito tempo, como ao mexer no celular ou ler;
  • Praticar exercícios leves, sob supervisão, como caminhadas e alongamentos;
  • Utilizar travesseiros e colchões adequados para apoiar o pescoço corretamente;
  • Respeitar os limites do corpo, interrompendo atividades ao primeiro sinal de dor intensa.

A busca por acompanhamento especializado, aliada ao cuidado preventivo e ao conhecimento sobre a artrose cervical, permite que a pessoa idosa mantenha autonomia e bem-estar apesar das alterações naturais do envelhecimento.

Este artigo foi revisado por: Dra Celia Sandrini

Dra Celia Sandrini

CREFITO 14.700F

Phd em Prevenção de Lesões

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