Praticantes de Maratonas estão frequentemente submetidos a grandes volumes de treino, o que pode resultar em dores musculares e pequenas lesões. A fisioterapia esportiva surge como um suporte fundamental para auxiliar esses atletas a manter a saúde muscular e a continuidade das atividades. A atuação preventiva do fisioterapeuta se baseia em estratégias para reduzir a sobrecarga nos músculos, promover uma recuperação eficaz e aperfeiçoar o desempenho, mesmo diante das longas jornadas de corrida.

Durante o treinamento para uma maratona, os participantes costumam apresentar alto risco de desconfortos musculares devido à intensidade e frequência das corridas. Além do trabalho direto no alívio de sintomas, o fisioterapeuta avalia desequilíbrios, adaptações e padrões de movimento que podem causar ou agravar as queixas musculares. Dessa forma, a abordagem não se restringe ao tratamento, mas inclui ações de prevenção e orientação personalizada.

Maratonas – Créditos: depositphotos.com / Pavel1964

Como a fisioterapia atua na prevenção das dores musculares?

A prevenção de dores musculares entre maratonistas passa pela identificação de fatores biomecânicos, musculares e articulares que predispõem ao surgimento dessas condições. O fisioterapeuta realiza avaliações funcionais para identificar encurtamentos, fraqueza localizada e padrões inadequados de movimento. A partir desse diagnóstico, são elaborados programas de exercícios corretivos e compensatórios, que incluem fortalecimento, alongamentos e melhora da flexibilidade, além de reeducação postural durante a corrida.

  • Avaliação personalizada: permite a detecção antecipada de assimetrias e eventuais sobrecargas nos grupos musculares exigidos durante as corridas longas.
  • Exercícios específicos: fortalecem músculos estabilizadores e melhoram a resistência, contribuindo para maior proteção contra lesões.
  • Ensino de técnicas de corrida: orientações sobre pisada, postura e cadência otimizam o movimento, reduzindo o desgaste muscular.
  • Orientação sobre descanso e recuperação: a fisioterapia também reforça a importância de intervalos adequados e boas práticas de recuperação.

Quais técnicas fisioterapêuticas auxiliam maratonistas?

Diversas técnicas fisioterapêuticas são consideradas benéficas tanto na prevenção quanto no alívio das dores musculares em atletas de longa distância. O uso de métodos como liberação miofascial consegue aliviar tensões e evitar o agravamento das dores pós-treino. Técnicas de crioterapia, eletroterapia e massagens são frequentemente utilizadas para acelerar a recuperação muscular. Além disso, o fisioterapeuta pode recomendar a utilização de bandagens funcionais para proporcionar suporte adicional a regiões mais exigidas.

  1. Liberação miofascial: diminui aderências e pontos de tensão nos músculos mais exigidos.
  2. Crioterapia e termoterapia: controlam processos inflamatórios e ajudam a acelerar a restauração dos tecidos.
  3. Massagem esportiva: aumenta a circulação sanguínea, facilita a eliminação de toxinas e proporciona alívio imediato após treinos intensos.
  4. Bandagem funcional: melhora o suporte muscular e articular durante os treinos e provas.

Por que o acompanhamento fisioterapêutico é importante para evitar lesões futuras?

O acompanhamento constante com um fisioterapeuta especializado em esportes pode ser decisivo para a longevidade do maratonista nas pistas. O desenvolvimento de um plano de prevenção a partir das necessidades individuais do atleta diminui a incidência de dores agudas e crônicas, que são comuns nesse esporte. A fisioterapia não apenas trata os sintomas, mas também age corrigindo as causas, promovendo uma abordagem global de saúde muscular e postural.

A prática fisioterapêutica integrada ao dia a dia dos corredores de maratona permite o monitoramento da condição física, a rápida intervenção em caso de desconfortos e a constante evolução no desempenho. Adotar medidas preventivas e confiar nos conhecimentos do fisioterapeuta são passos essenciais para evitar dores musculares recorrentes e garantir uma trajetória esportiva mais segura e produtiva.

Este artigo foi revisado por: Dra Celia Sandrini

Dra Celia Sandrini

CREFITO 14.700F

Phd em Prevenção de Lesões

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