A Capsulite Adesiva, mais conhecida como ombro congelado, é uma condição que pode afetar pessoas de diferentes idades, frequentemente entre 40 e 60 anos. Ela se caracteriza por dor intensa e significativa limitação dos movimentos do ombro, comprometendo a realização de atividades rotineiras. Apesar de afetar principalmente apenas um dos ombros, não é raro que, ao longo do tempo, ambos sejam impactados.

O desenvolvimento da Capsulite Adesiva costuma ocorrer de forma gradual e sua evolução é dividida em fases distintas. Embora a origem do problema não seja completamente compreendida, fatores como diabetes, lesões prévias e cirurgias na região aumentam o risco de manifestação.

O que causa o ombro congelado?

A principal característica da Capsulite Adesiva é o enrijecimento da cápsula articular, estrutura que envolve a articulação do ombro e atua como estabilizadora. Esse enrijecimento ocorre devido a um processo inflamatório, com formação de tecido cicatricial que restringe ainda mais a movimentação local. A rigidez pode ser desencadeada por eventos como traumas, imobilizações prolongadas ou alterações metabólicas, principalmente em pessoas com histórico de diabetes tipo 1 ou 2. Vale ressaltar que, em muitos casos, a causa permanece desconhecida.

Quais são as fases da Capsulite Adesiva?

O quadro do ombro congelado progride por etapas e cada uma delas apresenta características próprias. Entender essas fases é fundamental para adotar medidas adequadas em cada momento:

Capsulite Adesiva – Créditos: depositphotos.com / IgorVetushko
  1. Fase dolorosa: Costuma durar de algumas semanas a meses. Nessa etapa inicial, a dor aparece gradualmente e é notada principalmente durante movimentos ou à noite, podendo se intensificar ao repousar sobre o braço afetado.
  2. Fase do congelamento: A dor começa a diminuir, mas acontece uma importante perda de mobilidade. O ombro “congela” devido ao aumento da rigidez articular, dificultando tarefas simples como pentear o cabelo ou alcançar objetos no alto.
  3. Fase de recuperação (ou descongelamento): Nesta última fase, pode haver recuperação parcial ou total dos movimentos, geralmente lenta e progressiva, com diminuição da dor e da rigidez.

Quais são os exercícios recomendados para ombro congelado?

O tratamento para Capsulite Adesiva envolve, em boa parte dos casos, fisioterapia e exercícios específicos para recuperar a mobilidade. O acompanhamento de um profissional é essencial, especialmente para adaptar as atividades conforme a fase da doença. A prática regular ajuda a evitar agravamentos e contribui para restaurar os movimentos funcionais.

  • Pêndulo: Com o tronco levemente inclinado, deixe o braço afetado relaxado e balance-o suavemente para frente, para trás e em movimentos circulares.
  • Deslizamento pela parede: Com a ponta dos dedos apoiada numa parede, suba e desça o braço lentamente, sempre respeitando os limites da dor.
  • Alongamentos suaves: Esticar delicadamente o braço, sempre mantendo os ombros relaxados. Recomenda-se a supervisão de um especialista.
  • Exercícios com bastão: Segurando um bastão, utilize o braço saudável para ajudar a levantar e movimentar o ombro afetado.

Ao perceber sinais de limitação e dor no ombro, procurar avaliação médica pode fazer diferença na evolução da Capsulite Adesiva. Além de prevenir maior restrição dos movimentos, intervenções precoces aumentam as chances de recuperação funcional do ombro. O tratamento, geralmente não cirúrgico, pode necessitar de ajustes de acordo com a fase e intensidade dos sintomas.

Este artigo foi revisado por: Dra Celia Sandrini

Dra Celia Sandrini

CREFITO 14.700F

Phd em Prevenção de Lesões

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