A epicondilite lateral, conhecida popularmente como Cotovelo de Tenista, é uma condição que afeta a região externa do cotovelo. Bastante comum entre praticantes de esportes de raquete, como o tênis, mas também presente em atividades profissionais e cotidianas, esse problema pode comprometer de maneira significativa a mobilidade e o desempenho das tarefas manuais. O diagnóstico precoce e a orientação adequada são essenciais para que a recuperação ocorra de forma eficaz.
Embora o termo faça referência ao tênis, a epicondilite lateral atinge pessoas das mais diversas faixas etárias e perfis ocupacionais, incluindo digitadores, pintores e trabalhadores que exercem movimentos repetitivos dos membros superiores. O desconforto surge principalmente ao estender o punho ou segurar objetos, podendo evoluir para dor persistente caso não receba intervenção apropriada. Por isso, busca-se cada vez mais conscientizar sobre os sinais e sinais de alarme dessa afecção.
O que é a epicondilite lateral e quais os sintomas?
A epicondilite lateral é uma inflamação dos tendões que se inserem na parte lateral do cotovelo, responsáveis pela extensão dos dedos e do punho. O principal sintoma é a dor na lateral do cotovelo, que pode irradiar para o antebraço e, em situações mais graves, prejudica até tarefas simples, como girar a maçaneta ou levantar um copo de água. Entre as queixas mais frequentes estão:
- Dor aguda ou ardência no epicôndilo lateral (parte externa do cotovelo);
- Sensação de fraqueza ao segurar objetos;
- Dificuldade para estender ou levantar o punho sem dor;
- Desconforto aumentado após movimentos repetitivos de punho e braço;
- Piora do quadro ao executar atividades esportivas ou profissionais exigentes.
Como funciona o tratamento fisioterapêutico da epicondilite lateral?
O tratamento de epicondilite lateral envolve, na maior parte das vezes, abordagens conservadoras, com boa resposta na maioria dos casos. A fisioterapia para Cotovelo de Tenista é considerada o método principal, reunindo técnicas diversas que objetivam aliviar a dor, recuperar a flexibilidade e fortalecer a musculatura comprometida. O protocolo de reabilitação pode ser dividido em etapas:
- Controle da dor e inflamação: Utilização de recursos como o gelo, terapia manual e eletroterapia.
- Alongamentos: Exercícios específicos para região extensora do punho e antebraço, de maneira progressiva.
- Fortalecimento muscular: Inclusão de exercícios resistidos para restaurar a força sem sobrecarregar tendões.
- Correção de movimentos: Treinamento funcional para ajustar gestos esportivos ou ocupacionais visando prevenir recidivas.
- Retorno gradual à atividade: Planejamento da retomada das tarefas com orientação individualizada.
Além do tratamento fisioterapêutico, em alguns casos pode ser recomendada a utilização de órteses, modificações ergonômicas e, raramente, intervenções cirúrgicas. O acompanhamento médico e fisioterapêutico deve ser contínuo, respeitando a resposta individual do paciente.
Que cuidados ajudam a prevenir o Cotovelo de Tenista?
Diversos fatores podem contribuir para o surgimento da epicondilite lateral. Por isso, além de tratar o quadro, adotar medidas preventivas é fundamental para evitar novas crises. Entre as principais orientações estão:
- Realizar períodos regulares de descanso entre atividades repetitivas;
- Adotar postura adequada durante o trabalho e o esporte;
- Fortalecer a musculatura dos membros superiores com exercícios específicos;
- Evitar sobrecarga e adaptar ferramentas e equipamentos ao perfil individual;
- Procurar auxílio médico ao notar dor persistente ou limitação dos movimentos.
Pessoas que praticam tênis profissionalmente também costumam contar com protocolos específicos de aquecimento e alongamento, além de acompanhamento de profissionais da saúde. Nomes como Andre Agassi, famoso tenista que enfrentou episódios de epicondilite lateral, tornam o debate mais conhecido e ajudam na disseminação das melhores práticas para prevenção e tratamento.

Por que a atenção ao diagnóstico precoce é importante?
Identificar rapidamente os primeiros sinais do Cotovelo de Tenista pode ser decisivo para a reabilitação. O diagnóstico inicial auxilia não apenas na redução da dor, mas também na prevenção de lesões secundárias, como rupturas tendíneas e disfunções permanentes. O contato precoce com o fisioterapeuta favorece intervenções adaptadas à rotina do paciente, resultando em maior adesão e restauração das funções do cotovelo.
O avanço das pesquisas e novas técnicas de fisioterapia em 2025 contribui para que o tratamento da epicondilite se torne mais eficiente e seguro. Dessa forma, profissionais e pacientes ganham conhecimento sobre as opções disponíveis, promovendo qualidade de vida e autonomia para o retorno às atividades.
Este artigo foi revisado por:
Dra Celia Sandrini
CREFITO 14.700F
Phd em Prevenção de Lesões
