A condição conhecida como Escoliose Leve a moderada atinge um número expressivo de pessoas em todo o mundo. Caracterizada por uma curvatura lateral da coluna vertebral, essa alteração pode ser identificada já na infância ou adolescência, permanecendo estável ou, em alguns casos, progredindo ao longo dos anos. Muitas pessoas convivem com esse desvio sem grandes limitações, porém é fundamental prestar atenção aos primeiros sinais para evitar complicações futuras.

Diversas figuras conhecidas do esporte, como a ginasta Simone Biles, convivem com a escoliose em suas rotinas. Essa condição não impediu que ela atingisse excelência em seu campo de atuação, demonstrando que o diagnóstico precoce e o acompanhamento adequado contribuem para a qualidade de vida e a manutenção das atividades diárias, mesmo diante do desafio postural.
O que é Escoliose Leve a moderada?
A expressão “Escoliose Leve a Moderada” refere-se ao grau da curvatura vertebral, que costuma variar entre 10 e 40 graus. Especialistas classificam como leve quando o desvio permanece até 25 graus, e moderada quando vai de 25 a 40 graus. Em boa parte dos casos, a deformidade não provoca dor intensa nem interfere nos movimentos, porém pode causar desconfortos estéticos ou posturais. Embora as causas variem, fatores genéticos, alterações musculares e más posturas são frequentemente associados ao surgimento da escoliose.
Durante a adolescência, é comum que médicos e fisioterapeutas recomendem reavaliações regulares, pois o crescimento rápido pode influenciar o grau do desvio. O objetivo principal na maioria dos casos é evitar que a curvatura se agrave e atinja níveis que demandem intervenções cirúrgicas.
Fisioterapia para escoliose: exercícios de fortalecimento fazem diferença?
O tratamento da Escoliose Leve a Moderada está fundamentado em recursos conservadores, principalmente a fisioterapia. O papel dos exercícios de fortalecimento muscular é contribuir para o alinhamento da coluna, estabilizando estruturas ósseas e promovendo a funcionalidade corporal. Os atendimentos costumam ser individuais e personalizados, considerando a idade, o grau do desvio e a presença ou não de sintomas associados.
- Fortalecimento do core: exercícios como prancha, ponte e abdominais isométricos ajudam a sustentar a coluna vertebral.
- Alongamentos específicos: alongar musculaturas encurtadas auxilia no ajuste postural e na prevenção de sobrecargas.
- Treino de equilíbrio: atividades em bases instáveis desafiam a coordenação motora e aumentam a consciência corporal.
A atuação do fisioterapeuta é fundamental, orientando a prática correta e segura dos movimentos, além de monitorar possíveis evoluções no quadro de escoliose. A adesão ao tratamento é essencial para resultados mais efetivos.
Como corrigir leve escoliose sem cirurgia?
Muitas pessoas questionam se é possível corrigir a Escoliose Leve a Moderada sem recorrer a procedimentos cirúrgicos. Profissionais de saúde enfatizam que a intervenção cirúrgica costuma ser reservada apenas para quadros mais graves, onde a curvatura ultrapassa 40 a 50 graus ou há comprometimento de funções orgânicas. Nas demais situações, o foco está no fortalecimento muscular, reequilíbrio postural e, eventualmente, uso de coletes ortopédicos sob orientação especializada.
- Busque avaliação de um ortopedista para o diagnóstico preciso e indicação do tratamento mais adequado.
- Realize fisioterapia regularmente, priorizando exercícios para estabilizar as regiões lombar, dorsal e abdominal.
- Mantenha hábitos de vida saudáveis, como a prática regular de atividades físicas e atenção à postura no dia a dia.
- Faça reavaliações periódicas, principalmente durante períodos de crescimento na infância e adolescência.
O acompanhamento médico contínuo, associado à prática disciplinada das recomendações fisioterapêuticas, representa a principal estratégia para impedir o avanço do desvio e minimizar seus impactos. A exemplo de Simone Biles, a adaptação e o autocuidado possibilitam a participação em rotinas intensas sem prejuízos à saúde.
Cuidados contínuos e qualidade de vida na escoliose
Mesmo diante de uma escoliose leve ou moderada, o acompanhamento profissional se mostra indispensável. Uma vez diagnosticada, a atenção a pequenas adaptações no cotidiano pode contribuir para evitar desconfortos musculares ou limitações futuras. A observação de hábitos posturais, a escolha de cadeiras e colchões adequados e a prática regular de atividades físicas impactam diretamente o bem-estar e a autonomia.
A diversidade de casos e a variedade de causas tornam a abordagem personalizada fundamental quando se trata de escoliose. Investir em informação, prevenção e monitoramento contínuo favorece escolhas assertivas ao longo dos anos, promovendo uma vida ativa e saudável mesmo em cenários desafiadores.
Este artigo foi revisado por:
Dra Celia Sandrini
CREFITO 14.700F
Phd em Prevenção de Lesões
