A Bursite Trocantérica representa uma das causas mais recorrentes de dor na região do quadril, impactando principalmente pessoas que praticam atividades físicas com frequência, como corredores e ciclistas. Esse quadro ocorre devido à inflamação da bursa localizada próxima ao trocânter maior do fêmur, uma pequena bolsa responsável por reduzir o atrito entre tendões e ossos. Por se tratar de uma lesão que pode limitar a mobilidade e afetar o desempenho esportivo, o diagnóstico e o tratamento adequado costumam ser essenciais para a recuperação.
Os sintomas geralmente incluem dor na lateral do quadril, sensibilidade ao toque e dificuldade para realizar movimentos simples, especialmente ao subir escadas ou deitar-se de lado. A Bursite Trocantérica pode surgir após períodos de sobrecarga, alteração na intensidade dos treinos ou até mesmo por gestos repetitivos relacionados ao ciclismo e à corrida. Compreender os sinais pode facilitar o início precoce do tratamento, prevenindo a piora do quadro.
Como a fisioterapia auxilia no tratamento da bursite no quadril?

A fisioterapia desempenha papel fundamental na abordagem não cirúrgica da Bursite Trocantérica, sendo considerada uma das principais opções para aliviar as dores e restabelecer a função do quadril. O objetivo das intervenções fisioterapêuticas é reduzir o processo inflamatório, melhorar a mobilidade e fortalecer as estruturas ao redor da bursa. Técnicas como a terapia manual, liberação miofascial e alongamentos são comumente utilizadas durante as sessões.
Além do controle da dor, o fisioterapeuta orienta o paciente quanto à postura ideal e à correção biomecânica dos movimentos, principalmente nos casos em que a rotina envolve corrida de rua ou pedaladas prolongadas. Essas orientações podem diminuir o risco de recidivas e contribuir para uma recuperação mais segura e eficiente, promovendo o retorno gradual às atividades físicas usuais.
Quais exercícios são recomendados para Bursite Trocantérica?
Uma etapa importante do tratamento consiste na execução de exercícios específicos, que visam melhorar o equilíbrio muscular e a estabilidade do quadril. Entre os mais indicados para casos de bursite no quadril, destacam-se:
- Fortalecimento do glúteo médio: auxilia na estabilização da pelve durante a marcha e reduz a pressão sobre a bursa.
- Alongamentos dos músculos do quadril e coxa: promovem maior amplitude de movimento e aliviam tensões que podem agravar a inflamação.
- Exercícios de propriocepção: melhoram o controle corporal e previnem desequilíbrios, especialmente úteis para atletas.
É importante ressaltar que a seleção e a intensidade dos exercícios devem ser adaptadas de acordo com cada caso, respeitando sempre a fase do tratamento e a orientação de um profissional qualificado.
Bursite no quadril: quais fatores podem predispor corredores e ciclistas?
A incidência de Bursite Trocantérica tende a ser maior em pessoas que praticam esportes de repetição, como corrida e ciclismo. Fatores comuns que favorecem o aparecimento da inflamação incluem o uso inadequado de calçados, terrenos irregulares, aumento brusco de volume ou intensidade dos treinos, além de desequilíbrios musculares não corrigidos. O apoio inadequado dos pés e desvios biomecânicos também podem sobrecarregar a região do quadril, favorecendo lesões.
Para minimizar os riscos, recomenda-se a adoção de práticas preventivas, como fortalecimento regular dos músculos do core e membros inferiores, acompanhamento fisioterapêutico e avaliação postural periódica. Atentar para os sinais iniciais de dor e buscar orientação logo nos primeiros sintomas pode acelerar a recuperação e evitar complicações futuras.
Quando buscar orientação especializada em casos de dor no quadril?
Ao identificar sintomas persistentes como dor localizada, inchaço ou desconforto durante o movimento, é aconselhável procurar um profissional de saúde capacitado, como fisioterapeutas e ortopedistas. A avaliação clínica detalhada é imprescindível para diferenciar a Bursite Trocantérica de outras condições que também podem afetar o quadril, como tendinites e lesões ligamentares.
- Identificação precoce do quadro
- Planejamento de um protocolo individualizado de reabilitação
- Redução do risco de cronicidade e limitações funcionais
A abordagem multidisciplinar, aliando fisioterapia, mudanças de hábitos e, em alguns casos, medicação anti-inflamatória, costuma ser eficiente no manejo da bursite no quadril. O compromisso com o tratamento e o monitoramento regular tendem a permitir o retorno seguro às atividades físicas, sem prejuízo à qualidade de vida do praticante.
Este artigo foi revisado por:
Dra Celia Sandrini
CREFITO 14.700F
Phd em Prevenção de Lesões
