A Fisioterapia Respiratória tem desempenhado um papel fundamental no tratamento de pacientes que convivem com doenças pulmonares, como a doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) e a asma. Esses quadros impactam diretamente a capacidade respiratória, influenciando na qualidade de vida e autonomia dos pacientes. Nos últimos anos, os avanços em estratégias terapêuticas têm enfatizado intervenções que combinam exercícios específicos e técnicas de reeducação da respiração como aliados no controle dos sintomas e melhora da função pulmonar.
Ao abordar a fisioterapia pulmonar, observa-se que o enfoque vai muito além do simples alívio dos sintomas. O objetivo é atuar na prevenção de crises, na preservação da função respiratória e na promoção do bem-estar diário dos indivíduos acometidos por essas doenças crônicas. O acompanhamento fisioterapêutico permite a individualização do cuidado, ajustando métodos para atender desde casos leves até situações mais severas e complexas.
Como a Fisioterapia Respiratória atua na DPOC e na asma?

O tratamento fisioterapêutico para DPOC e asma envolve técnicas capazes de expandir os pulmões, otimizar a troca gasosa e reduzir o trabalho dos músculos respiratórios. Entre as estratégias adotadas, destacam-se os exercícios de respiração diafragmática, a ventilação com pressão positiva e a higiene brônquica, fundamentais para facilitar a remoção de secreções e prevenir infecções recorrentes nos pulmões.
Além dessas abordagens, a orientação quanto à postura e ao uso correto dos músculos inspiratórios é parte da rotina de atendimento. Nos programas de reabilitação pulmonar, o fisioterapeuta busca ampliar a tolerância ao esforço do indivíduo, reduzindo a sensação de falta de ar (dispneia) e promovendo maior autonomia para executar atividades do cotidiano. O monitoramento regular é essencial e, sempre que necessário, os métodos são ajustados conforme a evolução do quadro.
Quais exercícios são utilizados em fisioterapia pulmonar?
Existem diversos exercícios de reabilitação pulmonar utilizados no manejo da DPOC e da asma. Os mais comuns incluem técnicas de respiração controlada, respiração com lábios semicerrados e padrões de inspiração e expiração alternados. Os pacientes aprendem a executar os movimentos de maneira consciente, buscando controlar o ritmo respiratório e evitar agravamento dos sintomas. Seguem exemplos de exercícios frequentemente aplicados:
- Respiração diafragmática: Incentiva o uso do músculo diafragma na inspiração, reduzindo o trabalho dos músculos acessórios.
- Respiração com lábios franzidos: Ajuda a manter as vias aéreas abertas por mais tempo, facilitando a saída do ar dos pulmões.
- Exercícios de expansão torácica: Melhoram a ventilação dos pulmões, promovendo maior entrada de oxigênio.
- Drenagem postural: Auxilia a deslocar secreções das vias aéreas para facilitar sua eliminação através da tosse assistida.
Essas técnicas são adaptadas de acordo com a tolerância e a necessidade de cada paciente. A prática regular, orientada por um profissional especializado, contribui para ganhos funcionais e menor frequência de exacerbações.
Quais benefícios a Fisioterapia Respiratória pode trazer para pacientes com DPOC e asma?
Os benefícios da Fisioterapia Respiratória alcançam diferentes aspectos da saúde dos pacientes. Em primeiro lugar, há redução significativa dos sintomas, como a sensação de cansaço e a limitação para atividades físicas. Outro ponto importante é o fortalecimento dos músculos respiratórios, o que proporciona maior eficiência ventilatória e menor desgaste energético durante a respiração.
- Melhora da função pulmonar: Os exercícios respiratórios promovem aumento da capacidade vital dos pulmões, essencial para pacientes com DPOC e asma.
- Prevenção de complicações: Uma abordagem fisioterapêutica frequente pode diminuir o risco de infecções respiratórias secundárias, internações hospitalares e uso de medicação de resgate.
- Aprimoramento da qualidade de vida: O fortalecimento físico e o controle dos sintomas respiratórios refletem em maior independência e participação social.
- Educação para o autocuidado: Durante o acompanhamento, os pacientes recebem orientações sobre manejo de fatores de risco e estratégias para lidar com crises agudas, tornando-se protagonistas do próprio tratamento.
O papel do fisioterapeuta é essencial para monitorar os avanços, identificar limitações e ajustar o planejamento terapêutico conforme necessário. Em 2025, com o crescimento dos programas de reabilitação multidisciplinar, a Fisioterapia Respiratória consolidou-se como pilar na assistência a pessoas com DPOC e asma, reforçando sua relevância na saúde pública.
A incorporação de técnicas e exercícios de reabilitação pulmonar, associada ao acompanhamento regular, oferece recursos valiosos para o controle das doenças respiratórias. A fisioterapia, quando utilizada de forma adequada, tem potencial para transformar a rotina daqueles que convivem com limitação pulmonar, promovendo saúde e autonomia a longo prazo.
Este artigo foi revisado por:
Dra Celia Sandrini
CREFITO 14.700F
Phd em Prevenção de Lesões
