Conhecida por afetar atletas e pessoas ativas, a lesão no Tendão de Aquiles é um problema que pode comprometer seriamente a mobilidade, exigindo atenção especializada e um tratamento estruturado. O tendão de Aquiles conecta os músculos da panturrilha ao osso do calcanhar e, por sua importância, qualquer dano nessa região impacta diretamente o caminhar, a corrida e outras atividades diárias. Nos últimos anos, a busca por métodos eficazes de recuperação ganhou destaque, especialmente quando se pensa na prevenção de futuras complicações.
A reabilitação por meio da fisioterapia após uma lesão no tendão de Aquiles tornou-se essencial para garantir o retorno seguro às atividades. A evolução das técnicas e o acompanhamento profissional oferecem suporte não apenas para a recuperação da estrutura lesionada, mas também para o fortalecimento e melhoria da qualidade de vida dos pacientes.
Por que a fisioterapia é fundamental após uma lesão no tendão de Aquiles?

O acompanhamento fisioterapêutico é indispensável em quadros de lesão do tendão de Aquiles devido à complexidade do processo de cicatrização e à necessidade de restaurar força, flexibilidade e função adequada. A fisioterapia atua direcionando movimentos controlados, que evitam o risco de nova ruptura e promovem estímulo para a regeneração do tecido. Além disso, o trabalho fisioterapêutico é adaptado para cada fase da recuperação, respeitando as limitações e o progresso do paciente.
Especialistas recomendam iniciar a fisioterapia logo que possível, após a liberação médica, para evitar o encurtamento do tendão e diminuir o risco de aderências e atrofias musculares. Por meio de técnicas manuais, equipamentos específicos e exercícios graduais, é possível garantir uma evolução segura, permitindo o retorno progressivo às atividades físicas e esportivas.
Lesão no tendão de Aquiles: quais os passos da fisioterapia?
A reabilitação do tendão de Aquiles normalmente segue um protocolo dividido em fases, adaptado para o estágio da lesão e as necessidades individuais do paciente. Cada etapa apresenta objetivos distintos, visando restauração completa da função. Confira a seguir uma sequência comum nos tratamentos fisioterapêuticos para esse tipo de lesão:
- Fase Inicial (primeiras semanas): foco na redução de dor e controle do inchaço, frequentemente com uso de gelo, compressão e elevação. Técnicas suaves de mobilização ajudam a manter a circulação sanguínea sem sobrecarregar o tendão.
- Fase Intermediária: introdução de exercícios de amplitude de movimento e fortalecimento leve. O fisioterapeuta pode utilizar recursos como bandagens para garantir estabilidade e minimizar riscos durante os movimentos.
- Fase de Fortalecimento: exercícios progressivos de fortalecimento da panturrilha e dos músculos que envolvem o tornozelo. São incluídos, gradualmente, exercícios excêntricos, fundamentais na reabilitação do tendão de Aquiles.
- Fase Avançada: reintegração de atividades funcionais, como saltos e corridas, para testar a resistência do tendão e preparar o retorno seguro ao esporte ou à rotina intensa.
- Observação: O tempo de recuperação pode variar de acordo com a gravidade da lesão, o tipo de tratamento (conservador ou cirúrgico) e o comprometimento do paciente com o protocolo delineado.
- É importante respeitar as recomendações do fisioterapeuta e do ortopedista para evitar agravamentos.
Quais cuidados são importantes durante o processo de reabilitação?
Durante o tratamento fisioterapêutico da lesão no tendão de Aquiles, alguns cuidados são indispensáveis para evitar transtornos e acelerar a recuperação. Entre eles, destacam-se:
- Evitar atividades de impacto: até que o tendão esteja devidamente fortalecido, esportes como corridas e saltos devem ser suspensos.
- Utilizar calçados adequados: sapatos esportivos que promovam boa absorção de impacto e ajustem corretamente aos pés auxiliam na proteção do tendão.
- Atentar aos sinais do corpo: dor intensa, inchaço ou sensação de fraqueza podem indicar a necessidade de reavaliação do tratamento.
- Manter o acompanhamento regular: sessões periódicas com o fisioterapeuta são essenciais para adaptar os exercícios e garantir progressos consistentes.
Além desses cuidados, é importante adotar uma rotina que inclua alongamentos orientados, hidratação adequada e alimentação equilibrada, visando potencializar a reparação tecidual e a manutenção da saúde muscular.
Como prevenir uma nova lesão no tendão de Aquiles?
A prevenção da recidiva está entre as principais preocupações no contexto da reabilitação do tendão de Aquiles. Algumas orientações consideradas fundamentais para evitar novos episódios incluem:
- Aquecimento antes das atividades: preparar os grupos musculares do tornozelo e da panturrilha para o movimento reduz riscos de lesão.
- Progressão gradual dos treinos: aumentos bruscos de intensidade ou volume de exercícios podem sobrecarregar o tendão.
- Fortalecimento contínuo: manter exercícios específicos mesmo após a alta fisioterapêutica contribui para preservar o equilíbrio muscular e a estabilidade articular.
- Avaliação periódica: consultas regulares com profissionais de saúde permitem a identificação precoce de possíveis alterações que favoreçam intervenções preventivas.
A lesão no tendão de Aquiles pode ser desafiadora para qualquer pessoa, mas um programa estruturado de fisioterapia, aliado aos cuidados adequados, proporciona resultados satisfatórios, devolvendo a autonomia e a confiança para retomar as atividades diárias ou esportivas com segurança em 2025.
Este artigo foi revisado por:
Dra Celia Sandrini
CREFITO 14.700F
Phd em Prevenção de Lesões
