Lesão recorrente entre atletas e também no cotidiano, a entorse simples de Tornozelo é um episódio que pode acontecer em situações diversas e merece atenção para garantir uma recuperação adequada. Trata-se do estiramento ou rompimento parcial dos ligamentos da articulação do Tornozelo, geralmente causado por movimentos bruscos, torções ou impactos repentinos. O reconhecimento imediato e o tratamento correto contribuem para evitar complicações e retornar às atividades normais com segurança.

No ambiente esportivo ou mesmo durante atividades comuns, como caminhar em terreno irregular, diversos fatores podem aumentar o risco de sofrer uma entorse. O quadro costuma apresentar dor, inchaço e, em alguns casos, dificuldade para apoiar o pé no chão. Apesar do desconforto, a maioria desses episódios é considerada leve e não leva a lesões graves nos ossos ou nos ligamentos.

Quais são as principais causas da entorse simples de Tornozelo?

A entorse de Tornozelo surge especialmente quando há uma torção súbita da articulação, geralmente para dentro, movimento conhecido como inversão. Entre as causas mais frequentes estão o uso de calçados inadequados, quedas de altura prolongada, falhas em saltos e tropeços em degraus ou obstáculos. Esportes como futebol, basquete e corrida em trilha apresentam maior incidência pela quantidade de deslocamentos rápidos e mudanças bruscas de direção.

O histórico de lesões prévias e o enfraquecimento muscular da região também são fatores que aumentam a vulnerabilidade do indivíduo. Superfícies instáveis, como grama molhada, areia e pisos irregulares, oferecem maior risco. Outro elemento que contribui para o evento é a falta de estabilidade articular, frequentemente associada à ausência de exercícios de preparação e fortalecimento.

Qual a importância dos exercícios de propriocepção na reabilitação do Tornozelo?

Após uma entorse simples de Tornozelo, a reabilitação eficiente é fundamental para impedir recidivas e aprimorar a estabilidade da articulação. Nesse processo, os exercícios de propriocepção desempenham papel decisivo. A propriocepção representa a capacidade do corpo de perceber a posição das articulações e realizar ajustes automáticos para manter o equilíbrio e prevenir novas lesões.

  • Fortalecimento e coordenação: Os exercícios ajudam a fortalecer músculos e tendões ao redor do Tornozelo, melhorando a resposta a estímulos súbitos.
  • Recuperação do equilíbrio: Atividades como ficar em um pé só incorporam estímulos proprioceptivos, auxiliando na readaptação do sistema muscular e nervoso.
  • Prevenção de novas torções: O treino regular reduz as chances de repetir o mecanismo de lesão, tornando o Tornozelo mais resistente a quedas e torsões.

Quais exercícios de propriocepção são recomendados para o Tornozelo?

Tornozelo – Créditos: depositphotos.com / Milkos

O desenvolvimento da estabilidade do Tornozelo pode ser alcançado com diferentes tipos de exercícios, adaptados ao nível de recuperação e à orientação profissional. Atividades como sustentação em um pé, uso de superfícies instáveis e deslocamentos laterais são frequentemente adotados em programas de fisioterapia.

  1. Apoio Unilateral: Permanecer em pé somente com a perna afetada, aumentando o desafio gradualmente, como fechar os olhos ou virar a cabeça.
  2. Uso de superfícies instáveis: Executar o apoio sobre travesseiros, discos de equilíbrio ou bosu, simulando situações cotidianas de instabilidade.
  3. Marcha com obstáculos: Caminhar alternando elevação dos joelhos, saltos leves e mudanças de direção, sempre sob supervisão adequada.

A evolução e variedade dos exercícios devem ser conduzidas com acompanhamento profissional, respeitando o tempo de cicatrização local e evitando sobrecargas nos primeiros estágios. A persistência nessas práticas, mesmo após o desaparecimento dos sintomas, é considerada estratégica para preservar o equilíbrio dinâmico e reduzir o risco de desequilíbrios futuros.

Cuidados para evitar entorses e promover a saúde dos tornozelos

Além da reabilitação com exercícios apropriados, outras medidas podem ser incorporadas na rotina para minimizar a ocorrência de lesões nessa região. O fortalecimento muscular global, o aquecimento adequado antes de atividades físicas e a escolha de calçados com boa estrutura de apoio estão entre as principais recomendações.

É aconselhável também evitar superfícies irregulares e manter a atenção aos sinais do corpo. Nos casos de dor persistente, inchaço intenso ou dificuldade para caminhar, a orientação médica é fundamental, pois pode haver necessidade de investigação para descartar danos mais severos. O acompanhamento fisioterapêutico personalizado continua sendo destaque na prevenção de recidivas e na manutenção da funcionalidade da articulação ao longo do tempo.

Este artigo foi revisado por: Dra Celia Sandrini

Dra Celia Sandrini

CREFITO 14.700F

Phd em Prevenção de Lesões

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