A dor na região anterior do joelho é uma das queixas mais comuns entre jovens, atletas e pessoas fisicamente ativas. A Síndrome Patelofemoral, conhecida também como condromalácia patelar, caracteriza-se por desconforto, sensibilidade e, em alguns casos, sensação de estalos ao movimentar o joelho. Este quadro pode limitar atividades cotidianas e comprometer a qualidade de vida quando não identificado e tratado de maneira adequada.
Diversos fatores contribuem para o desenvolvimento desse problema, incluindo desalinhamento da patela, fraqueza muscular, uso excessivo do joelho e histórico de lesões anteriores. O acompanhamento profissional é fundamental tanto para o diagnóstico diferencial quanto para a elaboração de um plano de reabilitação individualizado.
O que causa a Síndrome Patelofemoral?
O surgimento da Síndrome Patelofemoralestá diretamente relacionado ao contato repetido e inadequado da patela sobre o fêmur. O alinhamento e o funcionamento dos músculos ao redor do joelho são essenciais para garantir a estabilidade articular. Quando há desequilíbrio muscular, principalmente do quadríceps, podem ocorrer alterações biomecânicas que aumentam a pressão sobre a cartilagem da patela.

Além disso, a prática de atividades físicas de alto impacto, aumento súbito da carga de exercícios, calçados inadequados ou fatores anatômicos, como joelho valgo, também são considerados influenciadores. Entender o mecanismo da lesão é indispensável para prevenir recidivas e orientar condutas de reabilitação.
Síndrome Patelofemoral, quais os sintomas e principais características?
A principal sintomatologia ligada à Síndrome Patelofemoral é a dor localizada na frente do joelho, especialmente ao subir ou descer escadas, permanecer sentado por longos períodos ou agachar. Sensações de crepitação – aqueles estalos perceptíveis durante a movimentação – e inchaço podem ocorrer em casos mais progressivos.
- Dor durante ou após atividades físicas;
- Sensação de desconforto ao flexionar ou estender o joelho;
- Edema localizado;
- Dificuldade ou rigidez articular;
- Perda de força muscular na perna afetada.
O diagnóstico correto é realizado por meio de avaliação clínica detalhada e, ocasionalmente, exames de imagem para excluir outras causas de dor no joelho.
Quais são os tratamentos mais indicados para condromalácia patelar?
O tratamento da condromalácia patelar prioriza intervenções conservadoras. A reabilitação funcional é o principal recurso, contemplando fortalecimento dos músculos do quadril, quadríceps e alongamentos. O objetivo é restabelecer o equilíbrio muscular e reduzir o estresse sofrido pela patela durante os movimentos.
- Fisioterapia: Programas específicos que melhoram postura, marcha e mecânica articular.
- Medicamentos: Analgésicos e anti-inflamatórios podem ser indicados para controlar a dor em fases agudas.
- Gelo e repouso: Aplicação de compressas frias e redução temporária das atividades de impacto ajudam no alívio dos sintomas.
- Adaptação de atividades: Orientação para evitar movimentos repetitivos ou esportes que sobrecarregam o joelho.
Em situações específicas, onde não há resposta ao manejo clínico, a intervenção cirúrgica é considerada. No entanto, a maioria das pessoas apresenta melhoras significativas apenas com estratégias não invasivas, desde que mantenham o compromisso com os exercícios e orientações do especialista.
Como prevenir o surgimento da Síndrome Patelofemoral?
Adotar medidas preventivas pode reduzir o risco de desenvolver dor patelofemoral. É recomendado praticar exercícios de fortalecimento muscular, focando não só nas coxas, mas também nos grupos musculares do quadril. Ajustar a intensidade das atividades físicas de forma gradual, utilizar calçados adequados e dar atenção à postura são atitudes valiosas para preservar a integridade dos joelhos.
Manter consultas regulares com profissionais de saúde e respeitar padrões corretos de movimento, principalmente durante esportes, auxilia na identificação precoce de déficits e possibilita intervenções assertivas. O cuidado contínuo é a chave para garantir longevidade articular e qualidade de vida sem limitações relacionadas à Síndrome Patelofemoral.
Este artigo foi revisado por:
Dra Celia Sandrini
CREFITO 14.700F
Phd em Prevenção de Lesões
