Dor no cotovelo? Entenda o que é epicondilite lateral

Conhecida no ambiente médico como Epicondilite Lateral, essa condição é frequentemente chamada também de “cotovelo de tenista”. Embora o termo remeta ao esporte, o problema afeta um grupo diversificado de pessoas, principalmente adultos entre 30 e 50 anos, independente de praticarem tênis ou não. O quadro se caracteriza por uma dor persistente na região lateral do cotovelo, dificultando atividades cotidianas simples, como segurar objetos ou girar maçanetas.

A Epicondilite Lateral resulta, em geral, de movimentos repetitivos que sobrecarregam os tendões responsáveis pela extensão do punho e dos dedos. Profissionais que utilizam ferramentas manuais, digitadores, costureiras e pintores figuram entre os grupos mais propensos a desenvolver a lesão. Apesar de não representar um risco grave à saúde, o desconforto pode comprometer significativamente a produtividade e a qualidade de vida, aumentando a busca por tratamentos eficazes.

Quais são as causas da Epicondilite Lateral?

A origem do cotovelo de tenista está relacionada principalmente ao uso excessivo dos músculos extensores do antebraço. Quando as fibras tendíneas localizadas próximas ao cotovelo são submetidas a esforços repetidos, pequenas lesões podem surgir e, com o tempo, gerar inflamação local. Além do tênis, esportes como squash, badminton e atividades laborais que exigem torque do antebraço potencializam esse risco.

  • Movimentos repetitivos: ações contínuas que demandam força do punho e antebraço.
  • Postura inadequada: má ergonomia no ambiente de trabalho pode acentuar o problema.
  • Equipamentos inadequados: uso de ferramentas ou raquetes mal dimensionadas agravam a lesão.
  • Falta de fortalecimento muscular: se os músculos flexores e extensores não estão bem condicionados, a sobrecarga recai sobre os tendões.

O surgimento de dores pode tornar-se gradativo. No início, o incômodo ocorre apenas durante esforços, mas a tendência é que, sem medidas adequadas, evolua para episódios de dor mesmo em repouso.

Como funciona a fisioterapia ideal para Epicondilite Lateral?

A fisioterapia voltada para o tratamento da Epicondilite Lateral tem papel central na reabilitação, contribuindo para a análise funcional, alívio dos sintomas e prevenção de recorrências. O fisioterapeuta avalia quais estruturas estão mais comprometidas e desenvolve um plano personalizado que pode englobar diversas técnicas, ajustadas à rotina do paciente.

  1. Alívio da dor: recursos como crioterapia, eletroterapia e terapia manual promovem bem-estar e reduzem a inflamação inicial.
  2. Alongamentos: alongar o antebraço e os músculos extensores é uma etapa fundamental para melhorar a flexibilidade e diminuir tensões no local.
  3. Fortalecimento gradual: exercícios com elásticos ou pesos leves incentivam o restabelecimento da força sem sobrecarregar o cotovelo.
  4. Reeducação funcional: orientação sobre postura, ergonomia e gestos técnicos adequados impede recidivas.
  5. Retorno às atividades: readaptação progressiva às tarefas ou esportes, sempre monitorada pelo profissional.

No decorrer do tratamento, o acompanhamento de perto permite ajustes e identificação precoce de dificuldades. O tempo necessário para completa recuperação varia conforme a gravidade da lesão e o comprometimento em seguir as orientações.

Quais cuidados podem prevenir o cotovelo de tenista?

Epicondilite Lateral – Créditos: depositphotos.com / MikeEdwards

Prevenir a Epicondilite Lateral envolve uma série de atitudes que colaboram para a saúde musculoesquelética. Manter bons hábitos durante atividades profissionais e físicas pode reduzir consideravelmente a incidência dessa lesão.

  • Pausas frequentes: intercalar períodos de trabalho intenso com pequenos intervalos para descanso dos músculos do antebraço.
  • Fortalecimento específico: exercícios focados em resistências leves ajudam a preparar a musculatura para esforços rotineiros.
  • Adaptação ergonômica: ajustar cadeiras, mesas e ferramentas permite que os membros superiores atuem na posição mais neutra possível.
  • Uso correto do equipamento esportivo: garantir que raquetes, luvas ou objetos utilizados estejam adequados às características físicas do usuário.

A adoção dessas práticas contribui para minimizar a probabilidade do surgimento das dores associadas ao cotovelo de tenista. Com informação e acompanhamento especializado, é possível manter um bom desempenho nas atividades cotidianas, evitando limitações funcionais e desconfortos recorrentes.

Este artigo foi revisado por: Dra Celia Sandrini

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Dor na canela ao correr? Pode ser canelite

A dor nas pernas durante a corrida é uma queixa recorrente entre praticantes de diferentes níveis e, muitas vezes, resulta de um problema chamado Canelite. Esse quadro, conhecido no ambiente esportivo como síndrome do estresse tibial medial, caracteriza-se por uma dor persistente na região da canela, intensificada após exercícios físicos como corrida, caminhada ou atividades de alto impacto. Por trazer desconforto e até limitar a prática esportiva, compreender suas causas e cuidados é fundamental para atletas e amadores.

Entre os corredores, a manifestação da Canelite tem sido observada com frequência cada vez maior devido ao crescimento da popularidade do esporte. A condição pode surgir de forma repentina ou se tornar crônica, resultando em episódios recorrentes de dor e desconforto. O impacto contínuo no solo, aliado a outros fatores relacionados à biomecânica e ao sobrepeso, está entre os motivos mais comuns para o desenvolvimento do quadro.

O que é Canelite?

A Canelite, também chamada de periostite tibial, é uma síndrome dolorosa que afeta o osso da tíbia e os músculos e tendões ao redor, localizada na parte da frente ou interna da perna. O processo inflamatório ocorre pela repetição de microtraumas decorrentes do impacto constante, principalmente na prática da corrida ou em esportes que envolvem saltos. Não é incomum que corredores sintam um incômodo progressivo, especialmente logo após iniciar treinamentos mais intensos ou mudar o tipo de exercício.

Canelite – Créditos: depositphotos.com / MikeEdwards

Entre os sintomas mais relatados estão:

  • Dor localizada na parte inferior da perna, geralmente na parte interna;
  • Sensação de queimação na região frontal da tíbia;
  • Leve inchaço e aumento da sensibilidade ao toque;
  • Desconforto que piora com a atividade física e alivia com o repouso.

Quais fatores provocam a Canelite?

Diversas condições contribuem para o surgimento da Canelite em pessoas que correm. Entre as causas mais comuns estão o uso de calçados inadequados, ausência de aquecimento, aumento repentino da intensidade ou distância dos treinos e excesso de impacto devido a superfícies rígidas. Outro ponto importante é o desalinhamento dos pés, como pisada pronada ou supinada, que pode sobrecarregar determinadas áreas da perna.

  1. Desgaste ou inadequação do tênis esportivo;
  2. Sobrecarga muscular provocada por treinos excessivos;
  3. Déficit de fortalecimento nos membros inferiores;
  4. Pisada incorreta ou alterações anatômicas nos pés;
  5. Exercício em terrenos muito duros ou irregulares.

O excesso de peso corporal também tem participação significativa, assim como alterações posturais e falta de flexibilidade. Por isso, investir em avaliação e acompanhamento profissional é uma medida recomendada para quem deseja se proteger desse tipo de lesão ao praticar corrida.

Como aliviar e evitar a dor nas pernas ao correr?

O tratamento da Canelite envolve principalmente o descanso, a adaptação dos treinos e algumas medidas de recuperação muscular. É indicado interromper temporariamente a atividade para reduzir o processo inflamatório e evitar o agravamento da lesão. Aplicações de gelo sobre o local afetado, sessões de fisioterapia com técnicas específicas e alongamentos também favorecem o retorno do atleta, auxiliando na redução do inchaço e da dor.

Para prevenir a Canelite e melhorar o desempenho, alguns cuidados devem ser adotados:

  • Escolher tênis apropriado para o tipo de pisada e amortecimento adequado;
  • Inserir exercícios de fortalecimento muscular na rotina;
  • Realizar aquecimento e alongamentos antes e depois da corrida;
  • Evitar aumentos bruscos de volume ou intensidade no treino;
  • Alternar os tipos de treino e priorizar o descanso quando houver dor persistente.

A Canelite pode comprometer o rendimento esportivo a longo prazo?

Se não tratada adequadamente, a Canelite pode resultar em dores crônicas, lesões ósseas mais sérias e necessidade de afastamento prolongado das atividades esportivas. Por isso, a atenção aos primeiros sinais de dor é essencial para evitar complicações e garantir que a corrida permaneça uma atividade segura. A busca por orientação profissional, como avaliação ortopédica e acompanhamento fisioterápico, contribui para corrigir desvios de movimento e recomendar ajustes específicos na rotina esportiva.

A reincidência do problema é comum quando as medidas preventivas não são adotadas, o que reforça a importância de uma abordagem integrada entre fortalecimento, escolha de equipamentos e monitoramento da evolução dos sintomas. Dessa forma, manter uma prática regular e segura de corrida é possível, reduzindo significativamente os riscos de sofrer com a Canelite.

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Fisioterapia evita cirurgia no menisco? Veja como

Entre as lesões mais comuns do joelho, a Lesão no Menisco se destaca por afetar pessoas de diferentes idades e estilos de vida, desde atletas até quem pratica atividades cotidianas. O menisco é uma estrutura fibrocartilaginosa responsável por amortecer impactos, estabilizar o joelho e distribuir as cargas durante os movimentos. Quando ocorre uma lesão, pode haver dor, inchaço e limitação funcional, tornando o diagnóstico e o tratamento adequados essenciais para preservar a qualidade de vida.

Ao suspeitar de dano meniscal, é fundamental buscar avaliação médica para determinar o tipo de lesão e indicar a conduta mais apropriada. Estudos recentes mostram que, em muitos casos, a cirurgia pode ser evitada com uma abordagem fisioterapêutica, especialmente em situações específicas. A escolha do tratamento depende de vários fatores, como localização, extensão do problema, idade, condições físicas e expectativas de cada indivíduo.

O que é Lesão no Menisco e como ocorre?

O menisco está localizado dentro da articulação do joelho e tem papel fundamental na absorção de impacto e na estabilidade articular. Existem dois meniscos em cada joelho: o medial (interno) e o lateral (externo). As lesões podem ser provocadas por movimentos de torção, impactos diretos, desgaste natural ao longo dos anos ou até mesmo por atividades rotineiras. Entre as principais causas, destacam-se esportes que exigem mudanças rápidas de direção, quedas e sobrecargas.

Alguns sinais podem indicar que houve um dano no menisco, como sensação de estalo, instabilidade, bloqueio articular e redução da amplitude de movimento. O diagnóstico certeiro depende de avaliações clínicas acompanhadas de exames de imagem, normalmente ressonância magnética, que evidenciam o tipo e o grau da alteração.

Quando a fisioterapia pode evitar cirurgias meniscais?

A fisioterapia é indicada tanto para casos agudos quanto para quadros crônicos, especialmente quando a lesão do menisco não compromete a estabilidade global do joelho ou não apresenta fragmentos soltos que bloqueiem a articulação. Em situações de lesões menores, degenerativas ou estáveis, a reabilitação fisioterapêutica traz resultados positivos, permitindo a recuperação funcional sem necessidade de procedimento cirúrgico.

  • Lesão estável: quando o menisco lesionado permanece no lugar, sem causar bloqueio ou instabilidade importante.
  • Quadros leves a moderados: muitas vezes, lesões pequenas respondiam adequadamente ao fortalecimento muscular e à melhora da propriocepção.
  • Pessoas não atletas: para quem realiza atividades de baixo impacto ou não exige demanda esportiva, o tratamento conservador tende a ser suficiente.
  • Idosos: em casos de desgaste natural, reabilitação pode evitar riscos cirúrgicos desnecessários.

O protocolo de tratamento prioriza exercícios para aumento da força e flexibilidade muscular, alívio da dor, estímulo ao controle motor e orientação quanto à postura e movimentos corretos. O tempo de recuperação varia em função da resposta individual ao tratamento e adesão às recomendações profissionais.

Como a reabilitação previne complicações e favorece a volta às atividades?

Lesão no Menisco – Créditos: depositphotos.com / Sasha2109

O sucesso do tratamento fisioterapêutico para lesão meniscal depende do início precoce da reabilitação e da personalização do protocolo. Técnicas como eletroterapia, crioterapia, alongamentos e exercícios progressivos são algumas das ferramentas mais utilizadas. O acompanhamento contínuo reduz as chances de agravamento do quadro e faz parte de uma abordagem que prioriza a funcionalidade e o retorno seguro às atividades, sejam esportivas ou de rotina.

  1. Intervenção precoce impede a evolução da lesão e a instalação de compensações inadequadas.
  2. Fortalecimento dos músculos ao redor do joelho proporciona proteção extra à articulação.
  3. Treinamento de equilíbrio e propriocepção melhora a coordenação dos movimentos, prevenindo novas lesões.

A evolução da fisioterapia tem contribuído para que, em 2025, um número crescente de pacientes com lesão meniscal consiga retomar suas atividades habituais sem precisar de intervenção cirúrgica. Sempre sob supervisão profissional, a escolha do melhor método de tratamento deve considerar as necessidades e expectativas do paciente, respeitando o quadro clínico individualizado.

Este artigo foi revisado por: Dra Celia Sandrini

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A dor mais comum que ameaça o desempenho de atletas

A Lombalgia em atletas é um quadro comum que afeta diferentes modalidades esportivas e pode prejudicar o desempenho tanto de profissionais quanto de amadores. O termo se refere à dor localizada na região lombar, uma área frequentemente sobrecarregada por movimentos repetitivos, saltos, rotação do tronco e cargas elevadas durante treinos e competições. Atletas de todas as idades, incluindo jovens talentos e veteranos, estão sujeitos a essa condição ao longo da carreira esportiva.

Mesmo com foco em prevenção e preparo físico, a Lombalgia pode surgir devido a múltiplos fatores, exigindo atenção não apenas para aliviar a dor, mas para evitar que o problema se torne recorrente. A persistência dos sintomas pode levar à diminuição da performance, afastamento das atividades e, em casos graves, ao risco de lesões agravadas. Reconhecer causas e buscar estratégias para tratar sem afastamento completo dos treinos permite melhor controle da situação.

Quais são as principais causas da Lombalgia em atletas?

A origem da dor lombar entre esportistas pode estar associada a uma mistura de fatores biomecânicos, sobrecarga muscular e desequilíbrios posturais. Muitas vezes, a rotina intensa e a execução inadequada de movimentos aumentam o risco de microlesões nos músculos, discos intervertebrais e articulações da coluna. Esportes com saltos frequentes, mudanças bruscas de direção ou levantamento de pesos estão entre os que mais pressionam a região lombar.

  • Músculos sobrecarregados: A musculatura da região, principalmente o quadrado lombar e os paravertebrais, trabalha continuamente para estabilizar a coluna.
  • Técnica inadequada: Movimentos mal executados, seja na corrida, futebol, ginástica ou lutas, sobrecarregam a lombar.
  • Fatores estruturais: Alterações anatômicas, desiquilíbrio entre abdômen e região lombar e falta de flexibilidade podem desencadear o quadro.
  • Fadiga: Treinos intensos, pouco tempo de recuperação e descuidos no aquecimento favorecem lesões.

Entre outros fatores, o uso de equipamentos inadequados e superfícies de treino irregulares também contribuem para o desenvolvimento de Lombalgia em atletas.

Lombalgia impede o atleta de continuar treinando?

Na maioria das situações, a dor lombar não exige afastamento completo das atividades esportivas, desde que o quadro seja leve a moderado e acompanhado por profissionais especializados. O monitoramento da intensidade da dor, ajustes nos exercícios e introdução de cuidados específicos podem permitir que o atleta continue com treinamento adaptado, reduzindo riscos de complicações e tempo parado.

  1. Avaliação individualizada: O primeiro passo é identificar a causa da Lombalgia com auxílio de fisioterapeutas ou médicos do esporte.
  2. Adaptação dos treinos: Algumas atividades podem ser substituídas ou realizadas com modificação de intensidade, volume ou carga.
  3. Prevenção de agravos: Realizar exercícios de fortalecimento do core e alongamento orientados pode ajudar a estabilizar a região lombar.
  4. Técnicas de recuperação: A aplicação de gelo, fisioterapia e liberação miofascial auxiliam o controle da dor.

O acompanhamento deve ser constante, garantindo que o atleta evolua conforme sua recuperação, sem prejudicar o retorno pleno à performance.

Tratamentos para a Lombalgia em atletas sem interromper o treino

dor lombar – Créditos: depositphotos.com / AndrewLozovyi

Existem opções seguras e eficazes para tratar a Lombalgia em atletas, mesmo durante a manutenção das atividades esportivas. A escolha do melhor método depende da gravidade dos sintomas, do esporte praticado e das condições específicas de cada pessoa. O manejo conservador costuma reunir técnicas de fisioterapia, fortalecimento muscular, correção postural e, se necessário, intervenções médicas complementares.

  • Exercícios de resistência e estabilidade do core, como prancha e exercícios funcionais
  • Alongamentos para membros inferiores e tronco, reduzindo rigidez e tensão muscular
  • Técnicas de reabilitação, incluindo Pilates e método McKenzie, adaptados à rotina do atleta
  • Orientação quanto ao uso correto de equipamentos e calçados adequados
  • Trabalho multidisciplinar com fisioterapeuta, treinador e médico esportivo

Além dessas abordagens, é fundamental manter atenção à hidratação, alimentação balanceada e período suficiente de sono, fatores que favorecem a recuperação muscular e a prevenção de novas lesões. Com acompanhamento individualizado e estratégias contínuas, é possível reduzir as limitações causadas pela Lombalgia e sustentar o desenvolvimento esportivo.

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A verdade chocante sobre a dor na lateral do joelho

O desconforto lateral no joelho é uma queixa recorrente entre praticantes de corrida, especialmente aqueles que aumentam a intensidade ou a distância dos treinos sem orientação adequada. Entre as principais causas desse incômodo está a Síndrome da Banda Iliotibial, uma condição frequentemente associada ao excesso de uso e à sobrecarga durante a atividade física. Este problema, considerado um verdadeiro obstáculo para muitos esportistas, pode impactar não apenas a performance, mas também a continuidade das práticas esportivas.

Entender o que leva ao surgimento da síndrome é fundamental para qualquer pessoa envolvida com corrida de rua, treinos em terrenos acidentados ou modalidades que exijam movimentos repetitivos dos membros inferiores. O conhecimento sobre fatores de risco e métodos de prevenção possibilita a redução significativa dos casos e contribui para uma rotina mais segura e prazerosa.

O que é a síndrome da banda iliotibial?

Síndrome da Banda Iliotibial ocorre quando há inflamação ou irritação da faixa de tecido fibroso conhecida como banda iliotibial, que se estende do quadril até a lateral do joelho. Essa estrutura tem papel fundamental na estabilização da articulação durante movimentos como caminhar, correr e pedalar. Quando há atrito excessivo dessa banda contra o fêmur, surge dor característica na parte externa do joelho, normalmente durante ou após atividades físicas de repetição.

Estudos apontam que corredores de longas distâncias são os mais afetados, embora a condição também seja observada em ciclistas e outros atletas. Entre as principais causas estão mudanças abruptas na rotina de treinos, falta de fortalecimento muscular específico e questões anatômicas, como desalinhamento dos membros inferiores.

Quais sinais indicam a presença do problema?

O principal sintoma da síndrome da banda iliotibial é uma dor lateral no joelho, frequentemente descrita como uma queimação ou pontada que piora durante a corrida ou ao subir e descer escadas. Em casos mais avançados, o desconforto pode persistir mesmo em repouso. É comum que atletas percebam a dor após um determinado tempo ou quilometragem, levando à interrupção do exercício.

Síndrome da Banda Iliotibial – Créditos: depositphotos.com / Boysloso

Além do sintoma doloroso, inchaço discreto ou sensação de estalido na região podem surgir. A persistência desses sinais exige atenção, já que continuar treinando sem tratamento adequado pode agravar a lesão e prolongar o tempo de recuperação.

Como evitar a Síndrome da Banda Iliotibial?

Prevenir problemas associados à banda iliotibial envolve uma série de cuidados voltados à preparação física, análise do gesto esportivo e ao ajuste de rotinas. Confira algumas medidas eficazes:

  • Fortalecimento muscular: Dar ênfase a exercícios para glúteos, quadríceps e músculos estabilizadores do quadril reduz o risco de sobrecarga na região.
  • Alongamento regular: Manter a flexibilidade da banda iliotibial e das estruturas associadas auxilia na prevenção de encurtamentos e tensões desnecessárias.
  • Progressão gradual: Aumentar volume e intensidade dos treinos de forma escalonada, respeitando o tempo de adaptação do corpo a novos desafios.
  • Análise biomecânica: Buscar orientação profissional para avaliar a mecânica da corrida pode identificar padrões de movimento inadequados e sugerir correções.
  • Uso de calçados apropriados: Escolher tênis adequados ao tipo de pisada e substituir regularmente os pares desgastados minimiza impactos nocivos.

A Síndrome da Banda Iliotibial tem tratamento?

Ao surgirem sintomas, medidas como repouso relativo, aplicação de gelo e diminuição do ritmo de treinamento costumam ser recomendadas inicialmente. Em casos persistentes, fisioterapia focada na reabilitação muscular e na correção de eventuais desequilíbrios posturais obtém bons resultados. Profissionais podem empregar técnicas como liberação miofascial, treino de propriocepção e reeducação funcional.

Medicamentos anti-inflamatórios podem ser utilizados de forma pontual, sempre sob orientação médica. Em situações mais raras, outras abordagens como terapias por ondas de choque ou procedimentos cirúrgicos se tornam alternativas. No entanto, a maioria dos atletas retorna às atividades com a adoção de medidas conservadoras, desde que respeitem o tempo de reabilitação indicado.

A reincidência da Síndrome da Banda Iliotibial pode ser reduzida com uma rotina equilibrada entre fortalecimento, repouso e acompanhamento profissional especializado. A atenção contínua a sinais do corpo faz toda a diferença na manutenção da saúde articular, garantindo longevidade ao esporte e qualidade de vida aos praticantes.

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A dor mais ignorada pelos corredores iniciantes

Enquanto a corrida é uma atividade física praticada por pessoas de diferentes idades, a Dor no Joelho ao Correr é uma queixa comum, especialmente entre corredores iniciantes e amadores. A presença de desconforto pode gerar dúvidas sobre se essa sensação é natural pelo esforço ou se indica algum problema, levantando a necessidade de compreender suas causas e os momentos certos para buscar auxílio profissional.

Embora o joelho seja uma articulação robusta, ele está exposto a movimentos repetitivos e ao impacto constante proporcionado pelas passadas durante a corrida. Essa sobrecarga pode levar a pequenas dores temporárias, geralmente toleráveis e sem consequências mais graves. No entanto, certos sinais não devem ser ignorados, demonstrando que a dor não é apenas uma resposta normal ao exercício, mas pode sinalizar lesão ou sobrecarga inadequada.

O que pode causar dor no joelho ao correr?

Joelho Estalando – Créditos: depositphotos.com / comzeal

O surgimento de incômodo no joelho durante a corrida pode ter diferentes origens, variando desde adaptações musculares até condições mais complexas. Fatores como falta de fortalecimento muscular, desequilíbrios biomecânicos, excesso de treino e uso inadequado de calçados estão entre os principais responsáveis pelo agravamento do quadro. Em muitos casos, o atleta pode estar enfrentando problemas como síndrome da dor patelofemoral, tendinites ou lesões nos ligamentos, situações comuns em quem aumenta a intensidade da prática sem a devida preparação.

  • Síndrome do corredor: Compreende inflamação ou dor na região lateral do joelho, comum em quem exagera no volume dos treinos.
  • Tendinite patelar: Estresse excessivo no tendão do joelho pode levar à inflamação e dor localizada na frente da articulação.
  • Lesão meniscal: Pode ocorrer por movimentos bruscos ou torções durante a atividade, gerando desconforto e limitações para correr.

Quando a dor no joelho durante a corrida é considerada normal?

Pequenas dores após sessões mais intensas podem ser entendidas como parte do processo de adaptação do corpo ao treino, especialmente em pessoas que estão aumentando gradativamente o ritmo. Esse tipo de desconforto geralmente aparece no dia seguinte ao exercício e desaparece com repouso e recuperação adequada. Quando o incômodo é leve, não há inchaço, vermelhidão ou sensação de instabilidade na articulação, a tendência é que não represente um risco maior ao praticante.

Alguns sinais indicam que a dor está dentro do esperado:

  • Desaparece rapidamente após o descanso;
  • Não impede a realização de movimentos rotineiros;
  • Não está associada a traumas diretos ou quedas durante a corrida.

Quando procurar um fisioterapeuta para avaliar a dor no joelho?

A dor no joelho deixa de ser aceita como uma reação normal ao exercício quando passa a ser persistente, intensa ou acompanhada de outros sintomas, como inchaço, dificuldades para andar, sensação de falseio ou calor local. A presença desses sinais indica que a articulação pode estar lesionada, exigindo um acompanhamento personalizado. O fisioterapeuta possui experiência para identificar a origem do problema, orientar tratamentos adequados e sugerir ajustes na rotina de treinos.

  1. Procure auxílio profissional se a dor durar mais de três dias consecutivos ou piorar com o tempo.
  2. Lesões acompanhadas de ruídos, bloqueio articular ou limitações intensas na movimentação também necessitam de avaliação presencial.
  3. Casos de histórico prévio de problemas na articulação merecem atenção redobrada diante de qualquer sintoma novo.

Quais são as formas de prevenir a dor no joelho ao correr?

A prevenção é a melhor estratégia para evitar quadros dolorosos e lesões mais sérias. Recomenda-se adotar algumas práticas que contribuem para preservar a saúde dos joelhos durante a atividade esportiva:

  • Investir em exercícios de fortalecimento dos músculos das pernas e do core;
  • Usar calçados adequados ao tipo de pisada e terreno;
  • Respeitar os limites do corpo, evitando aumentos abruptos de distância ou velocidade;
  • Aquecer e alongar antes e depois dos treinos.

Restabelecer a confiança na prática da corrida depende do entendimento sobre os fatores que comprometem a articulação do joelho e de medidas preventivas eficazes. Ao menor sinal de dor anormal, buscar avaliação de um fisioterapeuta pode ser fundamental para garantir uma recuperação adequada e segura, evitando prejudicar a performance a longo prazo.

Este artigo foi revisado por: Dra Celia Sandrini

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O problema mais comum que pode destruir seu ombro

A Tendinite do Ombro é uma condição frequente entre atletas, trabalhadores que realizam movimentos repetitivos ou pessoas que usam muito os braços no dia a dia. Este quadro acontece quando há inflamação dos tendões responsáveis pelos movimentos na articulação do ombro, geralmente provocando dor e limitação funcional. Com a rotina cada vez mais dinâmica em 2025, o número de diagnósticos tende a crescer, tornando o tema importante para quem busca qualidade de vida e autonomia.

Muitas pessoas apresentam dúvidas sobre a diferença entre a Tendinite do Ombro e outros tipos de lesões musculoesqueléticas. O importante é reconhecer que, no caso dessa tendinite, a sensação dolorosa piora com movimentos acima da cabeça ou ao levantar objetos. Identificar os sintomas precocemente e buscar acompanhamento especializado são fatores que favorecem o sucesso do tratamento e a rápida recuperação das atividades habituais.

Quais são as principais causas da Tendinite do Ombro?

A inflamação dos tendões dessa articulação pode ter origens variadas. Movimentos repetitivos realizados em algumas profissões, práticas esportivas que exigem levantamento de peso acima do nível dos ombros, além do envelhecimento natural, são os fatores mais comuns. O desgaste gerado pelo uso excessivo tende a irritar as estruturas, prejudicando a rotina de trabalho ou lazer.

Ombro – Créditos: depositphotos.com / HayDmitriy

Além disso, alterações na postura e debilidade muscular em áreas próximas também favorecem o desenvolvimento da tendinite. A ausência de pausas durante atividades de esforço ou má orientação sobre exercícios físicos pode acelerar o surgimento do problema. Trabalhar na prevenção, cuidando da ergonomia e fortalecendo a musculatura local, é essencial para evitar complicações futuras.

Como reconhecer os sintomas da Tendinite do Ombro?

Os sinais da Tendinite do Ombro começam, em geral, de modo discreto e podem se intensificar com o tempo. Entre os sintomas mais comuns estão:

  • Dor localizada, principalmente ao movimentar o braço para cima ou para trás;
  • Fraqueza muscular na região, dificultando tarefas simples;
  • Inchaço e leve vermelhidão em fases iniciais;
  • Possível sensação de estalido ao movimentar o ombro;
  • Redução da amplitude de movimento.

Vale destacar que a intensidade da dor pode variar. Em alguns casos, a pessoa sente incômodo apenas durante esforços, enquanto outros relatam desconforto até em repouso. Sinais como dor noturna e dificuldade para dormir sobre o lado acometido também são frequentes em casos avançados de Tendinite do Ombro.

Quais exercícios ajudam na reabilitação da Tendinite do Ombro?

Uma abordagem eficaz para o alívio da Tendinite do Ombro inclui exercícios de reabilitação, que devem ser supervisionados por fisioterapeutas ou profissionais de Educação Física qualificados. Os exercícios são fundamentais para fortalecer a musculatura e devolver a funcionalidade ao ombro sem sobrecarregar os tendões lesionados.

  1. Alongamento dos músculos do ombro: Realizado de maneira suave para preservar as estruturas e ampliar o arco de movimento.
  2. Fortalecimento do manguito rotador: Usando faixas elásticas ou pesos leves, com movimentos controlados.
  3. Exercícios para estabilização escapular: Essenciais para manter o alinhamento da escápula e melhorar a postura.
  4. Elevação frontal com braço estendido: Aumenta a força sem acentuar a pressão na articulação.
  5. Rotação externa com resistência: Reforça os tendões do ombro e amplia a estabilidade da região.

Os exercícios devem ser introduzidos de maneira progressiva, conforme a dor diminui e a mobilidade retorna. É recomendado evitar atividades que agravem a dor e seguir orientações específicas para cada caso. Além da reabilitação, mudanças de hábitos posturais e o ajuste do ambiente de trabalho também são componentes relevantes para evitar recorrências.

Como prevenir a Tendinite do Ombro no cotidiano?

A prevenção da tendinite depende de adotar algumas práticas simples no dia a dia. É importante respeitar os intervalos de descanso durante o trabalho, utilizar ferramentas ergonomicamente adequadas e manter a rotina de exercícios físicos. Atividades regulares, como fortalecimento muscular e alongamento, contribuem para a saúde dos ombros e reduzem o risco de lesões.

  • Organizar pausas frequentes em tarefas repetitivas;
  • Ajustar cadeiras e mesas para uma postura adequada;
  • Evitar levantar objetos acima do nível dos ombros sem preparo físico;
  • Buscar orientação profissional antes de iniciar novos esportes;
  • Realizar automassagem ou compressas frias para aliviar pequenos desconfortos iniciais.

Seguindo essas recomendações, é possível minimizar as chances de desenvolvimento ou agravamento da Tendinite do Ombro, colaborando para uma rotina mais saudável e confortável. O acompanhamento especializado se mantém essencial sempre que houver dor persistente ou dúvidas sobre os sintomas apresentados.

Este artigo foi revisado por: Dra Celia Sandrini

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Como identificar e tratar distensão muscular

A Distensão Muscular é um tema frequente em conversas sobre saúde, principalmente entre praticantes de atividades físicas e profissionais de esportes. Trata-se de uma lesão que afeta fibras musculares, podendo variar em intensidade e sintomas de acordo com o grau atingido. O entendimento das diferenças entre os tipos de Distensão Muscular auxilia não só no diagnóstico correto, mas também na escolha do tratamento mais eficiente e na prevenção de complicações futuras.

As distensões musculares geralmente ocorrem quando o músculo é submetido a uma força maior do que pode suportar, causando um estiramento exagerado das fibras. Essa situação pode acontecer durante a prática esportiva, movimentos bruscos, acidentes ou até mesmo em atividades cotidianas. Compreender os níveis de gravidade dessa lesão é fundamental para que a reabilitação seja eficiente e respeite os limites do corpo.

O que é uma Distensão Muscular?

A Distensão Muscular corresponde ao estiramento ou ruptura de fibras de um músculo. Esse tipo de lesão manifesta-se por dor localizada, inchaço e dificuldade de movimentação na área afetada. Conforme a intensidade do estiramento, pode haver desde pequenas lesões até rupturas significativas das fibras musculares. A distensão é frequentemente associada a esportes como futebol e atletismo, mas pode atingir qualquer pessoa, independentemente da faixa etária ou nível de condicionamento físico.

Quais são as diferenças entre leve, moderada e grave?

As distensões musculares são classificadas em três níveis principais: leve, moderada e grave, de acordo com a quantidade de fibras lesionadas e a intensidade dos sintomas. Essa diferenciação é importante tanto para o prognóstico quanto para o manejo adequado do quadro.

  • Distensão muscular leve: caracteriza-se por microlesões no músculo, com dor leve e discreta limitação dos movimentos. O inchaço costuma ser pequeno ou inexistente, e o tempo de recuperação é mais curto, geralmente variando de alguns dias até uma semana.
  • Distensão moderada: envolve uma ruptura mais extensa das fibras musculares. Os sintomas incluem dor mais intensa, certo grau de edema e limitação funcional percebida. Hematomas podem surgir, indicando o rompimento de vasos sanguíneos locais. Nesses casos, a reabilitação exige maior tempo e acompanhamento médico.
  • Distensão grave: ocorre quando uma grande quantidade de fibras é afetada, podendo haver rompimento total do músculo. Os sinais incluem dor intensa, inchaço significativo, hematomas fortes e impossibilidade quase total de movimentar a região afetada. Muitas vezes, a intervenção cirúrgica é necessária, e o período de afastamento das atividades físicas pode ultrapassar várias semanas.

Como identificar e tratar cada tipo de Distensão Muscular?

Diferençar os graus de distensão é fundamental para estabelecer o tratamento adequado. A avaliação médica geralmente inclui exame clínico e, em algumas situações, métodos de imagem como ultrassonografia ou ressonância magnética. Atenção aos sintomas é essencial: quanto maior a dor e o comprometimento funcional, maior a gravidade da lesão.

Distensão Muscular – Créditos: depositphotos.com / romanlisovy
  1. Para casos leves: recomenda-se repouso relativo, aplicação de gelo, compressão e elevação do membro quando possível. Analgésicos simples podem ser indicados, e exercícios de alongamento gradual podem ser introduzidos após a diminuição dos sintomas.
  2. Em lesões moderadas: o repouso tende a ser mais prolongado e pode ser necessário o uso de anti-inflamatórios sob orientação médica. A fisioterapia desempenha papel importante para recuperação da mobilidade e da força muscular.
  3. Nas distensões graves: avaliação especializada é fundamental. Em alguns casos, procedimentos cirúrgicos são realizados para reparar a ruptura muscular. O retorno às atividades deve ser gradual e supervisionado, com foco na reabilitação funcional.

Quais cuidados ajudam a prevenir distensões musculares?

A prevenção das distensões musculares envolve a adoção de hábitos simples no dia a dia, especialmente antes do início de qualquer prática esportiva. Realização de aquecimento adequado, alongamentos e fortalecimento muscular são estratégias recomendadas para proteger as fibras musculares durante o esforço. Manter uma hidratação adequada e respeitar os limites do corpo também são medidas relevantes para evitar lesões.

  • Aquecimento progressivo: diminui o risco de lesões musculares ao preparar o corpo para a atividade.
  • Alongamento: mantém a elasticidade das fibras, ajudando a prevenir rupturas súbitas.
  • Fortalecimento muscular: melhora a resistência dos músculos ao esforço físico.
  • Hidratação: contribui para o bom funcionamento do tecido muscular.

Compreender as diferenças entre distensões musculares leves, moderadas e graves, bem como adotar medidas preventivas e buscar orientação médica ao primeiro sinal de lesão, são passos fundamentais para manter a saúde muscular e garantir um retorno seguro às atividades cotidianas e esportivas em 2025.

Este artigo foi revisado por: Dra Celia Sandrini

Dra Celia Sandrini

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Dói ao pisar? Pode ser entorse de tornozelo

O Entorse de Tornozelo representa uma das lesões mais comuns, especialmente entre praticantes de esportes de impacto e atividades que exigem mudanças rápidas de direção. Esse tipo de contusão pode afetar qualquer pessoa, desde atletas profissionais até quem simplesmente caminha em terrenos irregulares. O tratamento adequado e o tempo para o retorno aos treinos dependem do grau da lesão e da resposta individual à reabilitação.

Lesões no tornozelo ocorrem, geralmente, quando há um movimento brusco ou torção que ultrapassa a amplitude normal da articulação. Muitos fatores contribuem para a ocorrência de entorses, como calçados inadequados, solo escorregadio, falta de aquecimento ou até mesmo fraqueza muscular. O entorse provoca dor, inchaço e, em alguns casos, hematomas localizados, dificultando a movimentação do pé.

O que caracteriza o Entorse de Tornozelo?

O Entorse de Tornozelo é uma lesão nos ligamentos que sustentam a articulação do tornozelo, causada por um movimento abrupto ou pela rotação do pé. Os sintomas mais frequentes incluem dor aguda, edema e limitação funcional, dificultando ou impossibilitando o apoio. Dependendo da intensidade do estiramento ou rompimento das fibras ligamentares, classifica-se a lesão em três graus, sendo o grau I o mais leve e o grau III o mais grave.

  • Grau I: Estiramento leve, com dor e inchaço mínimos, sem instabilidade.
  • Grau II: Lesão parcial do ligamento, apresentando dor moderada, maior inchaço e dificuldade de locomoção.
  • Grau III: Ruptura completa do ligamento, com dor intensa, incapacidade de apoiar o pé e possível deformidade.

Quais são os tratamentos recomendados?

O tratamento para o Entorse de Tornozelo varia conforme a gravidade da lesão. Para casos leves, o uso do protocolo RICE (Repouso, Gelo, Compressão e Elevação) é indispensável, ajudando a controlar o inchaço e aliviar a dor nos primeiros dias. A utilização de imobilizadores ou faixas elásticas também pode ser indicada para estabilizar o local e evitar movimentos que possam agravar a contusão.

Em situações moderadas e graves, pode haver necessidade de apoio de um profissional de saúde, como fisioterapeuta ou médico ortopedista. Em certos casos, medicamentos anti-inflamatórios ou analgésicos são prescritos para manejo da dor e redução do edema. Nos entorses mais severos, exames de imagem como radiografia ou ressonância magnética auxiliam na avaliação dos danos e definição do melhor tratamento.

Entorse de Tornozelo – Créditos: depositphotos.com / [email protected]
  1. Imediatamente após a lesão, evite apoiar o pé machucado.
  2. Aplique gelo por 15 a 20 minutos, várias vezes ao dia, sempre protegendo a pele com um pano.
  3. Mantenha o membro elevado sempre que possível para diminuir o inchaço.
  4. Recorra a analgésicos e anti-inflamatórios sob prescrição médica se necessário.
  5. Procure orientação especializada para orientar exercícios de fortalecimento e reabilitação articular.

Quando é seguro voltar aos treinos após um entorse?

A decisão sobre o retorno às atividades físicas precisa ser tomada com cautela para evitar recaídas ou piora do quadro. O tempo de recuperação varia de acordo com o grau do entorse, podendo ir de poucos dias, em situações leves, até várias semanas nos casos mais significativos. O ideal é que o movimento, o equilíbrio e a força do tornozelo estejam restabelecidos antes do retorno aos exercícios habituais.

Um dos principais critérios para retomar os treinos é a ausência de dor durante a movimentação, assim como a recuperação completa da estabilidade articular. Em muitos casos, a fisioterapia é indispensável, pois contribui para a restauração da mobilidade, fortalecimento muscular e prevenção de novas lesões. Exercícios funcionais e proprioceptivos são fundamentais nessa etapa.

O acompanhamento por um profissional qualificado assegura uma reabilitação progressiva, respeitando os limites do corpo e reduzindo o risco de complicações. Retornar cedo demais pode aumentar a probabilidade de novos entorses ou desenvolver problemas crônicos, como instabilidade articular persistente. Portanto, é importante respeitar o tempo de recuperação individual e seguir todas as orientações médicas e fisioterapêuticas.

Como prevenir novos entorses de tornozelo?

A prevenção do Entorse de Tornozelo envolve cuidados tanto no ambiente esportivo quanto no cotidiano. Escolher calçados adequados, realizar aquecimento antes das atividades físicas e fortalecer a musculatura dos membros inferiores são ações essenciais. O treino proprioceptivo, que melhora o controle e a percepção do corpo, é recomendado para atletas e também para pessoas que já sofreram lesões prévios.

  • Realizar alongamentos e aquecimento antes de exercícios intensivos.
  • Usar tênis que promovam boa estabilidade ao tornozelo.
  • Evitar superfícies irregulares e perigosas ao caminhar ou correr.
  • Manter atenção especial durante os esportes de contato ou com mudanças rápidas de direção.

Adotar hábitos preventivos e buscar orientação especializada pode reduzir significativamente o risco de entorses e contribuir para uma recuperação mais rápida e segura, permitindo o retorno à rotina de treinos sem complicações futuras.

Este artigo foi revisado por: Dra Celia Sandrini

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Como atletas superam lesões com fisioterapia

Entre os Profissionais do Esporte, é comum enfrentar desafios físicos que, muitas vezes, interrompem carreiras promissoras. As contusões, fraturas e lesões musculares podem afastar atletas por longos períodos dos gramados, quadras ou pistas. Porém, existe um elemento fundamental no retorno à prática esportiva: a fisioterapia. Diversos atletas de destaque já passaram por fases delicadas, mostrando que a determinação e o atendimento especializado são aliados essenciais nessa jornada.

A fisioterapia esportiva evoluiu consideravelmente nas últimas décadas, proporcionando não apenas reabilitação, mas também prevenção de novas lesões. Com técnicas modernas e protocolos individualizados, essa área garante que atletas possam retomar seus treinamentos de maneira segura. Mesmo para quem atua em níveis profissionais, seguir orientações de fisioterapeutas após uma contusão faz toda a diferença para atingir níveis ótimos de desempenho novamente.

Como a fisioterapia contribui para o retorno de atletas?

Em casos de lesões graves, a fisioterapia se torna indispensável. O processo de reabilitação é dividido em etapas que vão desde o controle da dor até o recondicionamento físico completo. Além do trabalho muscular, é fundamental recuperar movimentos, fortalecer grupos musculares específicos e adaptar o corpo para suportar novas demandas esportivas.

As sessões costumam envolver exercícios de alongamento, técnicas de terapia manual, uso de recursos eletroterápicos e, gradualmente, a reintegração de atividades funcionais previamente realizadas no esporte. Dessa forma, o retorno ao esporte não acontece de maneira precipitada, reduzindo riscos de reincidência e garantindo que o atleta volte a competir com segurança.

Quais são os exemplos de superação entre atletas?

Exemplos de superação não faltam no universo esportivo. Um caso conhecido é o do jogador de futebol brasileiro Ronaldo Nazário, que passou por duas cirurgias importantes nos joelhos durante a carreira, mas conseguiu retornar aos gramados após intensos períodos de fisioterapia. Além dele, a ginasta Rebeca Andrade, medalhista olímpica, superou diversas lesões no joelho e contou com o suporte de uma equipe de fisioterapeutas para retornar às competições e conquistar resultados expressivos.

Ronaldo – Créditos: depositphotos.com / Maxisports
  • Ronaldo Nazário: Após duas rupturas no joelho, usou a fisioterapia para recuperar a força e a mobilidade. Seu retorno foi marcado pela conquista da Copa do Mundo de 2002.
  • Rebeca Andrade: Passou por três cirurgias e voltou a competir com sucesso, apoiada em reabilitação intensiva.
  • Rafael Nadal: Tenista espanhol que lidou com lesões crônicas no joelho, voltou às quadras após tratamento fisioterapêutico contínuo e chegou a vencer diversos Grand Slams.

Esses relatos são exemplos de que, com perseverança e dedicação ao processo de reabilitação, os limites podem ser superados. A expertise dos fisioterapeutas, aliada ao empenho dos próprios atletas, é responsável por transformar episódios de dor em histórias de grandes retornos.

Por que a fisioterapia esportiva é tão importante para atletas?

Além de ser peça central na recuperação, a fisioterapia esportiva atua de maneira preventiva, reduzindo o risco de lesões futuras. O acompanhamento regular permite identificar desvios posturais, fraquezas musculares e outros fatores que podem evoluir para problemas mais sérios. Técnicas específicas, como pilates voltado ao esporte e reforço neuromuscular, são utilizadas para promover a estabilidade e a resistência física dos atletas.

Esse cuidado continuado não beneficia apenas profissionais, mas também amadores e praticantes recorrentes de atividades físicas. O papel do fisioterapeuta vai muito além de tratar dores momentâneas: ele promove a longevidade da carreira esportiva, garante o bem-estar do praticante e potencializa os resultados dentro e fora das competições.

  1. Identificação das áreas vulneráveis do corpo do atleta.
  2. Criação de programas personalizados de fortalecimento e recuperação.
  3. Acompanhamento constante em todas as etapas do retorno esportivo.
  4. Implementação de estratégias para evitar recidivas.

Dessa maneira, a fisioterapia se consolida como aliada indispensável para atletas que buscam não só recuperar seu nível de jogo, mas também preservar a saúde e prolongar a trajetória no esporte. As histórias dos que conseguiram voltar mostram que, com tratamento adequado e suporte especializado, é possível transformar obstáculos em trampolins para novas conquistas.

Este artigo foi revisado por: Dra Celia Sandrini

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