A presença da Escoliose, tanto em jovens quanto em adultos, representa uma condição clínica que pode afetar diferentes aspectos da vida diária. Trata-se de um desvio lateral da coluna vertebral, que geralmente se manifesta na infância ou adolescência, mas também pode surgir na idade adulta devido a fatores degenerativos. Com o avanço do diagnóstico, tornou-se possível identificar precocemente casos leves, auxiliando na intervenção e no controle dos sintomas.

Embora o início seja frequentemente silencioso, a Escoliose pode promover inconvenientes físicos que afetam o bem-estar, principalmente em períodos de crescimento. Em adultos, a condição pode estar associada a dores persistentes e limitações funcionais, exigindo acompanhamento e diferentes abordagens terapêuticas. Compreender os impactos e os sintomas é fundamental para a escolha das melhores estratégias de tratamento e adaptação.

Como a Escoliose impacta a vida de jovens e adultos?

O principal impacto da Escoliose envolve alterações posturais que podem ser discretas nos estágios iniciais, mas tornam-se evidentes ao longo do tempo. Em adolescentes, é comum notar uma leve assimetria nos ombros ou quadris, enquanto adultos podem sentir dores, principalmente após períodos prolongados em pé ou sentados. Além disso, a condição pode provocar fadiga muscular e influenciar no desempenho em atividades diárias, esportivas e escolares.

Escoliose – Créditos: depositphotos.com / Artemida-psy

Nos casos mais avançados, há relatos de dificuldade respiratória decorrente da compressão do tórax, além de limitações físicas que reduzem a qualidade de vida. A evolução do quadro está relacionada à gravidade do desvio vertebral e à presença de outros problemas associados, como degeneração dos discos intervertebrais em adultos. Para muitos, o convívio com a Escoliose exige adaptações constantes e acompanhamento especializado.

Quais são os principais sintomas da Escoliose?

Detectar sintomas de Escoliose requer atenção a alguns sinais específicos, que variam conforme a idade e a gravidade do desvio. Entre os sintomas mais relatados, destacam-se:

  • Desequilíbrio visual dos ombros;
  • Assimetria entre os lados do tronco;
  • Dores nas costas, principalmente em adultos;
  • Inclinação do corpo para um lado;
  • Dificuldade para realizar certos movimentos;
  • Eventual desconforto ao respirar em casos graves.

A presença desses sintomas pode ser sutil, especialmente no início. Em muitos casos, familiares ou amigos percebem a alteração na postura antes mesmo do próprio indivíduo. Por envolver uma condição progressiva, o diagnóstico precoce é peça-chave para evitar complicações futuras.

A fisioterapia pode ajudar a tratar a Escoliose?

A atuação da fisioterapia é essencial no manejo da Escoliose. Profissionais dessa área utilizam técnicas específicas para promover ganhos funcionais, reduzir a dor e, quando possível, melhorar o alinhamento postural. O tratamento fisioterapêutico é adaptado de acordo com o grau do desvio e as necessidades do paciente.

  1. Avaliação postural detalhada realizada por fisioterapeuta especializado;
  2. Exercícios de fortalecimento muscular direcionados para o tronco e as costas;
  3. Técnicas de alongamento para melhorar a flexibilidade;
  4. Orientação sobre posturas corretas no dia a dia e durante a prática esportiva;
  5. Em casos específicos, uso de recursos como terapia manual e equipamentos auxiliares.

A fisioterapia também pode ser associada a outros métodos, como uso de coletes ortopédicos, quando indicado pelo médico. O acompanhamento regular é fundamental para monitorar a evolução da curva escoliótica e ajustar as intervenções conforme a resposta clínica.

Quando procurar um especialista para avaliar sintomas de Escoliose?

O acompanhamento com profissionais de saúde se mostra necessário diante de qualquer alteração postural persistente ou surgimento de dor nas costas, sobretudo em fases de crescimento acelerado como a adolescência. Sinais como ombros desalinhados, inclinação do tronco ou desconforto físico devem motivar uma avaliação especializada para confirmação diagnóstica e plano de tratamento.

Com os avanços na área da saúde, a abordagem multiprofissional contribui para que portadores de Escoliose possam adaptar suas atividades de acordo com as limitações impostas e preservar sua autonomia. A informação e o acompanhamento médico e fisioterapêutico regulares são aliados importantes para o enfrentamento dessa condição ao longo das diferentes fases da vida.

Este artigo foi revisado por: Dra Celia Sandrini

Dra Celia Sandrini

CREFITO 14.700F

Phd em Prevenção de Lesões

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