Entre as lesões mais comuns do joelho, a Lesão no Menisco se destaca por afetar pessoas de diferentes idades e estilos de vida, desde atletas até quem pratica atividades cotidianas. O menisco é uma estrutura fibrocartilaginosa responsável por amortecer impactos, estabilizar o joelho e distribuir as cargas durante os movimentos. Quando ocorre uma lesão, pode haver dor, inchaço e limitação funcional, tornando o diagnóstico e o tratamento adequados essenciais para preservar a qualidade de vida.

Ao suspeitar de dano meniscal, é fundamental buscar avaliação médica para determinar o tipo de lesão e indicar a conduta mais apropriada. Estudos recentes mostram que, em muitos casos, a cirurgia pode ser evitada com uma abordagem fisioterapêutica, especialmente em situações específicas. A escolha do tratamento depende de vários fatores, como localização, extensão do problema, idade, condições físicas e expectativas de cada indivíduo.

O que é Lesão no Menisco e como ocorre?

O menisco está localizado dentro da articulação do joelho e tem papel fundamental na absorção de impacto e na estabilidade articular. Existem dois meniscos em cada joelho: o medial (interno) e o lateral (externo). As lesões podem ser provocadas por movimentos de torção, impactos diretos, desgaste natural ao longo dos anos ou até mesmo por atividades rotineiras. Entre as principais causas, destacam-se esportes que exigem mudanças rápidas de direção, quedas e sobrecargas.

Alguns sinais podem indicar que houve um dano no menisco, como sensação de estalo, instabilidade, bloqueio articular e redução da amplitude de movimento. O diagnóstico certeiro depende de avaliações clínicas acompanhadas de exames de imagem, normalmente ressonância magnética, que evidenciam o tipo e o grau da alteração.

Quando a fisioterapia pode evitar cirurgias meniscais?

A fisioterapia é indicada tanto para casos agudos quanto para quadros crônicos, especialmente quando a lesão do menisco não compromete a estabilidade global do joelho ou não apresenta fragmentos soltos que bloqueiem a articulação. Em situações de lesões menores, degenerativas ou estáveis, a reabilitação fisioterapêutica traz resultados positivos, permitindo a recuperação funcional sem necessidade de procedimento cirúrgico.

  • Lesão estável: quando o menisco lesionado permanece no lugar, sem causar bloqueio ou instabilidade importante.
  • Quadros leves a moderados: muitas vezes, lesões pequenas respondiam adequadamente ao fortalecimento muscular e à melhora da propriocepção.
  • Pessoas não atletas: para quem realiza atividades de baixo impacto ou não exige demanda esportiva, o tratamento conservador tende a ser suficiente.
  • Idosos: em casos de desgaste natural, reabilitação pode evitar riscos cirúrgicos desnecessários.

O protocolo de tratamento prioriza exercícios para aumento da força e flexibilidade muscular, alívio da dor, estímulo ao controle motor e orientação quanto à postura e movimentos corretos. O tempo de recuperação varia em função da resposta individual ao tratamento e adesão às recomendações profissionais.

Como a reabilitação previne complicações e favorece a volta às atividades?

Lesão no Menisco – Créditos: depositphotos.com / Sasha2109

O sucesso do tratamento fisioterapêutico para lesão meniscal depende do início precoce da reabilitação e da personalização do protocolo. Técnicas como eletroterapia, crioterapia, alongamentos e exercícios progressivos são algumas das ferramentas mais utilizadas. O acompanhamento contínuo reduz as chances de agravamento do quadro e faz parte de uma abordagem que prioriza a funcionalidade e o retorno seguro às atividades, sejam esportivas ou de rotina.

  1. Intervenção precoce impede a evolução da lesão e a instalação de compensações inadequadas.
  2. Fortalecimento dos músculos ao redor do joelho proporciona proteção extra à articulação.
  3. Treinamento de equilíbrio e propriocepção melhora a coordenação dos movimentos, prevenindo novas lesões.

A evolução da fisioterapia tem contribuído para que, em 2025, um número crescente de pacientes com lesão meniscal consiga retomar suas atividades habituais sem precisar de intervenção cirúrgica. Sempre sob supervisão profissional, a escolha do melhor método de tratamento deve considerar as necessidades e expectativas do paciente, respeitando o quadro clínico individualizado.

Este artigo foi revisado por: Dra Celia Sandrini

Dra Celia Sandrini

CREFITO 14.700F

Phd em Prevenção de Lesões

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