A dor no cotovelo frequentemente associada à prática de atividades físicas ou movimento repetitivo pode indicar a presença da Epicondilite Medial. Essa condição é mais comum do que se imagina, afetando pessoas de diferentes idades, especialmente aquelas envolvidas em esportes ou profissões que exigem esforço repetitivo dos músculos e tendões do antebraço.

Conhecida popularmente como “cotovelo do golfista”, a Epicondilite Medial ganhou destaque por ter prejudicado o desempenho de grandes nomes do esporte, mas seu impacto não se restringe aos atletas. Muitas pessoas só percebem os sintomas quando a dor se torna incômoda durante atividades diárias, como carregar objetos ou até mesmo ao apertar as mãos.

O que é Epicondilite Medial?

A Epicondilite Medial é caracterizada por uma inflamação dos tendões localizados na parte interna do cotovelo, onde os músculos flexores do antebraço se originam. Essa inflamação ocorre geralmente devido à sobrecarga ou esforço repetitivo, o que pode ocasionar microlesões nos tecidos. Embora seja frequentemente associada ao tênis, golfe ou musculação, qualquer movimento repetitivo dos membros superiores pode desencadear o problema.

Quais são as principais causas da Epicondilite Medial?

Os fatores mais comuns que levam ao desenvolvimento dessa lesão envolvem:

  • Repetição excessiva de movimentos de flexão do punho
  • Uso inadequado de equipamentos esportivos ou ferramentas profissionais
  • Enfraquecimento dos músculos do antebraço
  • Prática de esportes como tênis, golfe, arremesso ou musculação
  • Atividades ocupacionais intensas, como jardinagem, carpintaria e serviços manuais

Além disso, fatores como idade acima de 35 anos, ausência de aquecimento adequado e falta de alongamento aumentam o risco do desenvolvimento da Epicondilite Medial. Em muitos casos, a lesão evolui de maneira silenciosa, levando o indivíduo a buscar ajuda médica apenas quando a dor já está bem evidente.

Como identificar se a dor no cotovelo é causada por Epicondilite Medial?

A presença de dor na região interna do cotovelo, que pode irradiar para o antebraço, é um dos principais indícios. Outros sinais comuns incluem:

  1. Sensação de fraqueza ao apertar ou segurar objetos
  2. Desconforto ao levantar peso com as mãos
  3. Perda de força durante atividades simples, como abrir uma porta ou dar um aperto de mão
  4. Rigidez pela manhã ou após períodos de repouso
  5. Inchaço localizado ao redor do epicôndilo medial

Na dúvida, é fundamental contar com avaliação de um profissional de saúde, que pode solicitar exames complementares, como ultrassonografia ou ressonância magnética, para excluir outras causas e confirmar o diagnóstico.

Como é feito o tratamento da Epicondilite Medial?

O manejo da condição foca em aliviar a dor, reduzir a inflamação e restabelecer a função do braço. As recomendações mais comuns incluem:

  • Repouso e mudança de atividade, evitando movimentos que sobrecarreguem o cotovelo
  • Aplicação de gelo na região dolorida durante as primeiras 48-72 horas
  • Uso de anti-inflamatórios, sob orientação médica
  • Fisioterapia para fortalecimento e alongamento dos músculos do antebraço
  • Técnicas de reabilitação, como liberação miofascial e exercícios específicos

Em situações persistentes, a infiltração com corticosteroides ou tratamento cirúrgico pode ser indicada, mas esses métodos geralmente são adotados apenas em casos refratários ao tratamento conservador.

Como prevenir a Epicondilite Medial durante as atividades do dia a dia?

Medidas simples podem ajudar a evitar o desenvolvimento da inflamação no cotovelo:

  1. Realizar aquecimento e alongamento apropriados antes de iniciar exercícios
  2. Utilizar equipamentos adequados e ergonomicamente ajustados
  3. Evitar sobrecarregar o braço com movimentos repetitivos intensos
  4. Fortalecer os músculos do antebraço por meio de treinamento supervisionado
  5. Alterar a técnica de execução dos movimentos sempre que sentir desconforto

Atenção frequente ao próprio corpo e valorização de sintomas precoces são passos fundamentais para evitar a evolução do quadro e preservar a capacidade funcional do cotovelo.

Epicondilite Medial – Créditos: depositphotos.com / Vonschonertagen

Em resumo, detectar a Epicondilite Medial nas fases iniciais contribui para uma recuperação mais rápida e eficaz. O acompanhamento especializado e a adoção de medidas de prevenção ajudam a reduzir o impacto da doença e permitem o retorno seguro às atividades habituais.

Este artigo foi revisado por: Dra Celia Sandrini

Dra Celia Sandrini

CREFITO 14.700F

Phd em Prevenção de Lesões

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